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A certeza de ter escolhido a profissão certa

Profissão

Texto Ícaro Colella*

 

Em regiões mais rurais, como a Oeste de Santa Catarina, onde a maioria das pessoas tem contato direto com os animais, não é difícil encontrar apaixonados pelos bichos. Basta perguntar aos estudantes de Medicina Veterinária da Unochapecó quais os motivos os levaram a escolher essa profissão. Patricia Laura Funkler, estudante do décimo período, responde, sem dúvidas, que optou pelo curso pelo contato que ela teve com os animais desde muito cedo. Os pais são produtores rurais, e exercem atividades na produção de aves e suínos, além da bovinocultura de leite. “Desde criança acompanhei o trabalho deles e isso fez com que nascesse em mim um amor pelos animais. Então decidi que eu poderia ser uma profissional que, além de cuidar e amar, seria capaz de melhorar e até curar suas doenças”, frisa a estudante.

Patricia realizou seu estágio em uma granja no Paraguai

A intenção dela era de seguir na área de pequenos animais, porém, durante a graduação, Patricia teve a oportunidade de realizar estágios que a fizeram ampliar sua visão sobre a profissão. Primeiro, realizou estágio extracurricular em uma agroindústria na área de produção de aves, depois na área de produção de suínos, em uma granja no Paraguai. “Foi uma experiência incrível e única. Escolhi a Granja San Bernardo pois tive boas referências do local. A principal dificuldade que pensei que teria seria em me comunicar, por ser outro idioma, mas no decorrer dos dias consegui me adaptar bem quanto a isso”.

Na granja em que Patricia fez o estágio, ela pôde vivenciar as diferentes fases da produção de suínos. A da gestação, maternidade, desmame, fase creche até a saída para as fases de crescimento e terminação. Ela relata que essa experiência, além de trazer conhecimento, por aliar a teoria vista em aula com a prática do dia a dia, foi um marco norteador na profissão, já que ela se enxerga seguindo na área de produção depois de formada. A estudante faz parte da segunda turma de Medicina Veterinária e, por isso, pode dizer que acompanhou a formação do curso na Uno. “Foram cinco anos muito bons, de muito aprendizado. Praticamente todas as disciplinas se complementam com aulas teóricas e práticas (a campo ou em laboratório), com professores engajados para auxiliar no que for necessário e com muito conhecimento. Agora, nosso curso está com uma grade curricular nova, favorecendo ainda mais o conhecimento”, salienta. 

 

Campos de atuação 

A nossa região é um celeiro na produção de proteína animal, com a presença de grandes agroindústrias, o que oportuniza um vasto campo para atuação aos médicos veterinários formados pela Unochapecó.

“Temos também um destaque no Oeste na produção de leite, uma bacia leiteira que vem crescendo muito, na esfera estadual e nacional. Estamos melhorando cada dia mais e os índices só devem aumentar”, relata a coordenadora do curso, professora Luciana Faccio.

Dentro da esfera de produção animal, o médico veterinário tem uma atuação fundamental, em diferentes frentes. Ele está no campo, no melhoramento genético das espécies e na clínica dos animais, para garantir o máximo de produção. Esses profissionais podem atuar, também, com o desenvolvimento de linhagens que sejam mais produtivas, que tenham características específicas desejadas. “Nós cuidamos do bem-estar animal, para que ele seja livre de doenças e tenha o seu comportamento natural preservado ao máximo dentro da esfera de produção. Sem stress e com qualidade de vida, consequentemente, o animal vai produzir com mais qualidade também. Casar a produção intensa com o bem-estar é a função do veterinário”.

 

Promotor da saúde pública 

O veterinário atua como promotor da saúde pública, na manipulação do alimento, no abate, na análise do leite, na hora da produção dos subprodutos de origem animal, além de atuar no campo com os animais de produção na frente das enfermidades, fazendo o tratamento e notificação dessas doenças, para que os serviços oficiais do governo consigam fazer as coletas e controles de contingenciamento, como é o caso da aftosa, raiva e tantas outras. 

Quando o veterinário, no campo, faz a detecção de alguma doença que acomete ao animal, ele impede a cadeia de contaminação para o ser humano. A coordenadora frisa que esse exemplo acontece também em outras frentes, como é o caso dos animais domésticos e exóticos. “Essa característica de barreira também acontece nas vacinações e vermífugos, quando o veterinário faz essas indicações aos proprietário do animal, ele está quebrando essa barreira de contaminação. Então, independente de onde o veterinário esteja atuando, o fim é sempre com foco na saúde pública”. 

Vanessa durante aula prática

Vanessa Nadal, estudante do décimo período do curso, está realizando estágio na Chapecó Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e, assim como Patricia, optou pelo curso por estar desde pequena cercada de animais e por sempre querer ajudá-los. “Animais são seres como a gente, e precisam da nossa ajuda. Sou filha de produtor de leite e sempre me vi trabalhando com os animais”. Seu sonho, depois de formada, é trabalhar com animais de grande porte, como bovinos, especificamente com a área de sanidade animal. Foi também na fase de estágios que pôde ter a confirmação que estava no caminho certo. 

“Ainda estou em fase de conclusão do estágio devido à pandemia. Estou adorando, uma nova fase em minha vida, criando vínculos e amizades com novas pessoas, aperfeiçoando meus conhecimentos e aplicando na prática o que aprendi na teoria. O papel do médico veterinário é de fundamental importância na sanidade agropecuária, pois hoje só temos o status sanitário do estado graças às ações dos médicos veterinários da Cidasc, que não mediram forças para o combate das doenças do nosso estado. O auxílio ao produtor rural também é de extrema importância, papel esse que o médico veterinário faz, explicando sobre as doenças e os orientando nas melhores tomadas de decisões”, explica.

A estudante também faz parte da segunda turma do curso, e por acompanhar desde o início, lembra da evolução ao longo dos anos, que passou a contar com Clínica Escola de Medicina Veterinária, inaugurada em 2019. “Além disso, os professores são os melhores, bem capacitados, e dão o melhor de si para a aprendizagem do estudante”.  

 

O curso 

O curso conta com a estrutura da Clínica Escola de Medicina Veterinária

A graduação em Medicina Veterinária da Unochapecó tem duração de cinco anos. Embora com todas as características regionais, o curso tem uma formação generalista e trabalha todas as esferas que o profissional pode atuar, desde o primeiro semestre. No fim, o acadêmico escolhe qual área da veterinária quer seguir e direciona isso no seu estágio curricular. A grade possibilita a prática desde o primeiro semestre. Além disso, os estágios podem ser executados nos laboratórios da Instituição, na Fazenda Escola da Uno, na Clínica Escola ou em locais conveniados.

“Nós fazemos muitos atendimentos às propriedades rurais de conveniados parceiros do curso, que abrem as portas aos estudantes para que eles possam fazer as intervenções necessárias”, finaliza a professora Luciana. 

O curso de Medicina Veterinária  é um dos oito com inscrições abertas no Seletivo Uno. Quer saber mais sobre o curso? Confira o e-book!

 

*Estagiário sob supervisão de Jessica De Marco

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