Depois de oito meses de debate sobre os futuros da educação básica, encerrou nesta quarta-feira (26) o Ciclo de Palestras e Debates, promovido pela Área de Ciências Humanas e Jurídicas, junto com o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), o mestrado em Educação e a Universidade Escola.

Neste último encontro as discussões foram sobre o processo de reestruturação da proposta curricular de Santa Catarina, palestra que foi ministrada pela professora Dra. Cássia Ferri. De acordo com Cássia, a proposta curricular do estado tem 25 anos. A última atualização foi feita em 2005, agora ela começa a ser repensada para então ser aplicada nas escolas de Santa Catarina. “A proposta agora foi baseada em dois conceitos centrais, um deles é pensar na educação básica como um todo, como um percurso formativo dessa criança e adolescente durante a vida escolar. O segundo ponto importante abordado pela proposta é a importância da educação integral. Ou seja, ela precisa de uma formação em todas as áreas do conhecimento, ela precisa de vivências, de experiências, de formação de atitudes e valores, para que ela de fato possa ter a formação integral e não apenas disciplinas soltas que não vão sendo conectadas umas as outras ao longo do percurso”, explica a professora.

O ciclo tem como objetivo articular a educação básica com as licenciaturas e a pós-graduação, com vistas à realização de pesquisas e ações que possam contribuir para a educação de qualidade. Além disso, visa a articulação entre teoria e prática, ensino e pesquisa, abrangendo escolas e universidades que tenham como propósito mudar a situação da educação básica atual, refletir e propor novas concepções teórico-práticas sobre o processo de formação inicial e continuada.

Segundo a coordenadora do Ciclo de Palestras e Debates, professora Teresa Dill, fomentar eventos dessa natureza significa incentivar a construção de pesquisas e ações que possam servir de referência para repensar e problematizar as demandas do cotidiano nos espaços educativos. “As temáticas foram bastante provocativas, justamente pra fazer a gente repensar o modelo de escola, de professor, de aprendizagem que possam ser mais significativas. Todo os momentos serviram pra gente refletir, principalmente sobre as nossas práticas”, avalia a professora.