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Tema foi tratado pelo professor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa

Geral

O ensino em sala de aula tem evoluído com o passar dos anos, sendo necessário debater a sua transformação. Diante disso, a Unochapecó realizou na sexta-feira, 18 de julho, uma palestra sobre "A profissão e a prática docente na educação do século XXI", com o professor do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, António Nóvoa. A atividade integrou a programação do XI Ciclo de Estudos Docência no Ensino Superior.

Durante a palestra, realizada no Salão de Atos da universidade, o professor debateu sobre a docência no ensino superior relacionado com as matrizes do trabalho universitário: ensino, pesquisa e extensão. “Estas três matrizes são muito importantes, mas elas estão em profundas transformações e hoje em dia não querem dizer as mesmas coisas que queriam dizer há alguns anos atrás”, ressalta.

No âmbito do ensino, Nóvoa destaca que o formato de ensino utilizado e conhecido até hoje está esgotado. Para ele, estão surgindo novos ambientes, novos modelos e novas formas de aprendizagem. “A sala de aula morreu. Devemos pensar o ensino de outra perspectiva, completamente diferente, ou então a universidade não estará à altura do século XXI”, aponta o professor.

cicloCom relação à pesquisa, Nóvoa acredita que há uma revolução de convergência, isto é, áreas que antes eram fechadas em si, hoje dialogam no tratamento de grandes temas. “A pesquisa será cada vez mais um movimento de convergência entre diversas áreas. Nas fronteiras do conhecimento estará a mudança do ponto de vista da pesquisa, o que nos obriga a acabar com os departamentos tradicionais, com as formas tradicionais de organização da universidade para adotarmos outras formas”.

O professor aponta outro aspecto universitário que, segundo seu olhar, está defasado. "Podemos dizer que o conceito de extensão não faz nenhum sentido hoje em dia”. Nóvoa refere-se ao conhecimento que antes era detido pelas universidades e hoje se encontra diluído, acessível de diferentes formas por diferentes pessoas. "Qualquer tablet tem tanto conhecimento quanto aquele que nós encontramos na academia. A ideia de que a universidade vai estender o seu conhecimento a alguém é um pensamento obsoleto, que só tinha sentido em sociedades analfabetas, onde era necessário alguém para levar conhecimento aos demais” argumenta.

Para ele, é necessário criar uma estrutura que envolva de forma mútua a universidade e a comunidade, e não deixá-las isoladas. "Cria-se assim, a 'univercidade' com 'c', que seria a 'universidade da cidade', da democracia e do debate público", completa Nóvoa. O palestrante, também refletiu sobre as questões da profissão universitária, mais especificamente sobre a docência no ensino superior. 

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