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O evento abordou assuntos como a logística reversa, direitos e deveres dos catadores e reaproveitamento de materiais

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O Fórum de Resíduos Sólidos de Chapecó (FRSC) realizou na quinta-feira (17), na Unochapecó, o Seminário de Resíduos Sólidos – Avanços e Desafios da Política Nacional. O evento tratou, com profissionais e pessoas ligadas ao tema, as problemáticas contemporâneas sobre a produção de resíduos. O intuito foi discutir a Lei 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), assim como pensar em alternativas e soluções.

Conforme a coordenadora do seminário e agente de extensão da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Unochapecó, Graciela Novakowski, ainda existem questões relacionadas à Política Nacional que precisam ser revistas e ajustadas. Durante o evento, um dos temas mais dialogados foi sobre a indústria, em termos da logística reversa (retorno das garrafas, lâmpadas, pneus, eletrônicos a recolha ou coleta de lixos e resíduos recicláveis), além dos direitos e deveres dos catadores. “Tem-se cobrado muito do Poder Público, e entende-se que os governos têm seus papeis. Mas nós, enquanto cidadãos, também temos deveres, porque somos os geradores desses resíduos. Precisamos trabalhar, de forma conjunta, alternativas de controle do lixo produzido”, explica Graciela. 

O engenheiro químico Marcelo Boiani, que palestrou sobre “Processo de Triagem e a Eficiência de Aproveitamento dos Resíduos Sólidos”, acredita que é preciso se aprofundar um pouco mais em relação à indústria, pois parte desse setor transformar os resídios produzidos em novas embalagens ou produtos. “E que o valor desse produto seja competitivo com o valor de um novo, para ser viável”, acrescenta Marcelo que confessa, não é isso que ocorre.

texto residuos solidos

Segundo o engenheiro químico, existem muitos agentes no processo de reaproveitamento, a exemplo da indústria, de onde o ciclo parte. Marcelo explica o processo: “O catador precisa pagar o transporte e classificação, nisso ele tem uma perda. Depois ele vende o produto à empresa de recuperação. Por sua vez, a empresa tem gastos como energia, mão de obra e o processo de reciclagem. Além disso, essa empresa perde cerca de 30% do material que não pode ser reciclado. Depois é preciso pagar para transportar novamente esse material. No entanto, a reciclagem ainda é viável, mas no processo muitos ganham mais que outros”. Para o engenheiro, é preciso aumentar o volume de reciclagem, para se diminuir os custos e, assim, sobrar uma margem lucrativa melhor.

Durante o seminário outras discussões foram abertas com a presença de Talita Ribeiro (CEMPRE/São Paulo-SP) que dialogou acerca do “Panorama Geral da Coleta Seletiva no Brasil e Política Nacional de Resíduos Sólidos” e Marcos Stolf, do Instituto Dual de Educação de Joinville, que tratou sobre “Lixo ou matéria-prima? Solução racional”.  

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Residuos solidos
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