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Vítimas apresentarão depoimentos

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Debater sobre os 50 anos do golpe civil-militar de 1964 e as consequências do mesmo para o Brasil. É com esse objetivo que ocorre na Unochapecó nesta terça-feira, 15 de abril, evento de memória dos 50 anos do golpe militar, com a participação de duas vítimas do período de repressão. A iniciativa é do Diretório Acadêmico José Olavo Vargas Dias, do Curso de Direito da Unochapecó, em conjunto com a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Chapecó e Região (Sitespm), Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Livraria Marcelino Chiarello e a Central Sindical e Popular (Conlutas).

A atividade inicia às 20h, no átrio do bloco G3 da Unochapecó. Conforme a presidente do Diretório Acadêmico, Ana Rosa dos Santos Beck, a finalidade da programação é de evitar que o golpe militar de 1964 caia no esquecimento. “Que os eventos que circundaram o período ditatorial do Brasil possam servir de base para a busca de um regime democrático do povo e para o povo”, expõe Ana Rosa.

Participação das vítimas do golpe militar

O evento, que é aberto a toda comunidade acadêmica, irá receber Geraldo Jorge Sardinha e Raphel Martinelli, vítimas do golpe. Eles tiveram papel ativo em organizações que combateram a ditadura civil-militar, além de terem sofrido na pele as consequências desse episódio. 

O baiano Geraldo Jorge Sardinha desde jovem iniciou sua participação na política estudantil no Rio de Janeiro. Ele viveu na clandestinidade após 1968, primeiro no Brasil, no período de 1968 a 1969, e depois no Uruguai, onde militou entre os Tupamaros. Nesse período Geraldo Jorge ficou preso por dois anos, depois conseguiu sair clandestinamente para a Argentina, regressando posteriormente ao Brasil, onde continua  integrando os movimentos populares.

Raphael Martinelli entrou na Rede Ferroviária em São Paulo em 1941, onde passou a militar no sindicato da categoria, tendo desempenhado vários cargos como dirigente sindical. Em 1964 foi cassado e considerado morto, ficando na clandestinidade até 1970, quando foi preso e torturado. Hoje, aos 89 anos, ainda continua sua militância, como presidente do Comitê de Ex-presos Políticos, que ajudou a criar no ano de 2001. 

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