O curso de Odontologia da Unochapecó recebeu nesta quinta-feira (19), uma atividade promovida pela Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO) em parceria com a empresa Johnson & Johnson do Brasil. Trata-se do projeto Workshop 360º que debateu com professores e estudantes o controle químico do biofilme.

Conforme explica o coordenador do curso de Odontologia da Unochapecó, professor Diogo de Oliveira, o biofilme é um conjunto de microorganismos que se adere na superfície do dente e que causam a maior parte dos problemas bucais como cárie, gengivite, periodontite. “Existe o controle mecânico que é feito através da escovação e fio dental, e o controle químico que é feito através de agentes químicos que podem ser incorporados no creme dental ou através dos enxaguantes bucais, este que é o foco da atividade”.

A palestra foi ministrada pelos professores Alex Nogueira Haas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Claudio Mendes Pannuti da Faculdade Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp). No período da manhã, o tema foi abordado com os professores no qual também se debateu a proposta de ensino do controle químico na universidade. Para finalizar a atividade, no período da tarde, a temática foi discutida com os estudantes que também receberam um kit contendo escova, fio e enxaguante.

Para o professor Pannuti um dos motivos para o uso de químicos em enxaguante e cremes dentais para controle do biofilme ocorre porque as pessoas não realizam uma higiene bucal de forma correta. “Se os indivíduos soubessem como fazer a escovação, se tivessem paciência de escovar o tempo suficiente, se usassem fio dental, a indicação seria menor, mas justamente eles são indicados porque as pessoas não têm paciência para escovar os dentes o tempo suficiente, não sabem escovar corretamente e não usam fio dental”, relata.

Conforme a doutora em Periodontia e a assessora de Ciência e Educação da Jonson e Jonson, Ana Karina de Andrade, o projeto surgiu em 2010 a parir de uma reunião da Associação Brasileira de Ensino Odontológico (Abeno), onde se verificou a disparidade no ensino de controle químico no país. “Vemos um crescimento muito grande do uso de enxaguantes e creme dentais e para que se tenha um uso adequando é preciso que as pessoas saibam como utilizar. O objetivo disso é ir nas universidades onde o ensino é feito para que os alunos já saiam com a mentalidade adequada do uso e que tenham uma atualização sobre o tema”, explica.