Nos dias 8 e 9 de setembro, professores dos cursos de Arquitetura e Urbanismo de instituições de ensino de Santa Catarina se reuniram na Unochapecó para debater os rumos do ensino no estado. O 6º Encontro de Escolas de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (Eneau) tratou do tema “Ensino, prática e inovações tecnológicas no ensino da Arquitetura e Urbanismo”. Estiveram presentes também,os presidentes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU/SC), do Instituto de arquitetos do Brasil (IAB/SC), da Associação de Escolas de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (Acearq) e representante da da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (Abea).

O encontro promoveu trocas de experiências sobre os novos processos de ensino, a inserção de novas tecnologias nos cursos e as matrizes currículares. De acordo com uma das coordenadoras do evento, professora Katiane Balzan, ele é importante para a atualização do docente e da sala de aula. “A universidade tem o papel de trazer a inovação para o mercado de trabalho. Por vezes, ela acaba modificando o mercado com tudo o que se produz de ciência. Estes encontros proporcionam justamente estas trocas de experiências com outras instituições”, destaca.

No primeiro dia de evento, houve a palestra com a arquiteta e Doutora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Doris Catharine Cornelie Knatz Kowaltowski. Ela falou sobre o tema “Qualidade no ensino da Arquitetura e Urbanismo: Inovação, competências e papel do professor”. Segundo a arquiteta, mesmo com as intervenções tecnológicas no ensino do curso, os conceitos de uma boa arquitetura não mudaram. “Precisamos fazer um debate dentro dos cursos para saber o que essa tecnologia está mudando na nossa sociedade. Enquanto profissionais e docentes, temos que tomar cuidado com o ambiente físico e preparar o futuro profissional para este novo espaço”, afirma Doris.

Para conversar sobre o tema “Teoria e prática no ensino da Arquitetura e Urbanismo”, a convidada do segundo dia do encontro foi a arquiteta e Drª da Unicamp, Ana Maria Reis de Góes Monteiro. Para ela, o estudante precisa entender a parte teórica, para então aliar os conhecimentos na hora de fazer projetos. “Precisamos trazer a teoria no sentido do embasamento e conceituação do projeto. Isso transforma o olhar do aluno, que passa a entender o que ele está projetando a partir da teoria”, assinala. Ainda segundo Ana, sem aliar estas duas práticas, “o estudante cria uma forma e fica preso nela, sem conteúdo, sem conexões com o contexto urbano e sem entender realmente para quem está projetando”.