Compliance empresarial

O que é e como colocar em prática

14/10/2020
Por: Larissa Paludo

Imprescindível no mundo dos negócios e uma carreira em ascensão para advogados, contadores e profissionais de diversas áreas, o setor de compliance empresarial ganha cada vez mais destaque no Brasil e no mundo.

Para quem nunca ouviu falar no termo, compliance é uma estratégia interna ou um conjunto de disciplinas estruturadas com o objetivo de atuar dentro da legislação e das diretrizes vigentes.

Ao agir de acordo com a lei, com as normas da empresa e com a ética profissional, a organização adota uma postura preventiva e pode evitar imprevistos e problemas futuros, como uma ação judicial, por exemplo.

É preciso ter em mente também que um programa de compliance visa criar uma mudança de cultura dentro de determinada empresa, focando na conduta de todos os funcionários, independente da hierarquia. Por tanto, essa estratégia precisa ser implementada na organização de forma contínua e não temporária.

 

Compliance versus auditoria

Por ter essa característica permanente, o compliance se diferencia das auditorias, tanto internas quanto externas. Mas isso não significa que ambas não possam ser implantadas em conjunto.

Apesar disso, é importante entender o significado de cada termo. O compliance, que já foi abordado, é um projeto contínuo e de mudança na conduta da empresa. A auditoria interna é uma medida temporária com foco nos controles internos. Ou seja, a auditoria fiscaliza todos os processos da empresa, inclusive os de compliance.   

Já a auditoria externa direciona sua atenção às demonstrações financeiras e contábeis, nos resultados. Essa auditoria é contratada, muitas vezes, para dar credibilidade à organização.

 

Linhas de defesa da empresa

A estrutura das três linhas de defesa de uma empresa pode ajudar a compreender as diferenças entre os processos de compliance e de auditoria. São elas:

 

  • Primeira linha de defesa são os controles internos das áreas operacionais. (Setores de compras, vendas, marketing, produção, jurídico, financeiro, entre outros). Cada uma dessas áreas precisa ter os seus próprios controles internos.
  • Na segunda linha de defesa, com foco no controle, se tem a controladoria financeira, segurança, qualidade e o própria área de compliance (que busca estabelecer controle sobre a primeira linha de defesa).
  • A terceira linha de defesa diz respeito à auditoria interna. Por estar situada nesta posição, ela faz a auditoria de toda a segunda linha de defesa, inclusive o compliance. Devido à relevância do processo, a auditoria deve se reportar a alta liderança da empresa.

 

10 motivos para ter um programa de compliance

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