Ao apertar nove vezes os botões da urna eletrônica neste domingo (02/09), milhares de brasileiros vão definir os representantes do poder executivo e legislativo de seus municípios. Mas este momento democrático já passou por diversas fases e o Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (Ceom) da Unochapecó relembra como foi o período eleitoral  de 1933 a 1953 em Chapecó. Através de uma pesquisa realizada neste mês, foram apurados os dados sobre o acervo eleitoral da cidade, com a proposta de lembrar uma época importante da história e também integrar a ação às comemorações dos 30 anos do Ceom.

O estudo apresenta 4.215 processos neste período, que se dividem entre autos de qualificação eleitoral, pedidos de segunda via de título eleitoral e pedidos de transferência de título eleitoral. Em 1995, a professora Eli Maria Bellani encontrou o material e o incorporou ao Departamento de Patrimônio Histórico e Memória da Prefeitura de Chapecó. Posteriormente os documentos foram transferidos para o Centro de Memória.

A análise do conjunto de processos permite a obtenção de dados relativos ao perfil dos eleitores durante o período em questão, com informações sobre o estado de origem, profissão, sexo, estado civil e ano de nascimento. As informações auxiliam a identificar a população regional pertencente à Comarca de Chapecó, que até 1953 possuía uma área de cerca de 14 mil quilômetros quadrados, da fronteira com a Argentina até o rio Irani.

Os documentos agora fazem parte do acervo do Ceom e estão disponíveis para pesquisa.

30 anos de Ceom

Em 1986, a Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste), mantenedora da Unochapecó, criou o projeto do Centro de Memória do Oeste Catarinense (Ceom), como forma de aliar o ensino, a pesquisa e a extensão, além de promover o conhecimento sobre a história local.

Configurada como uma das principais instituições de proteção, pesquisa e difusão do patrimônio histórico e arqueológico do estado, o Centro possui um acervo de 400 metros lineares de documentos, 700 representações cartográficas, 100 mil peças arqueológicas e mais de 30 mil imagens que contam a história de Chapecó e região.