Um dia de neve em Chapecó
As baixas temperaturas registradas nas últimas semanas já anunciavam a chegada do inverno, que iniciou oficialmente na última segunda-feira (20/06). Mas o frio intenso nesta época é um velho conhecido de quem mora no Sul do Brasil. Além do clima gelado, esta estação já trouxe surpresas para a região. De acordo com registros do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM) da Unochapecó, a neve foi responsável por deixar Chapecó coberta pelos flocos de gelo.
Como forma de celebrar os 30 anos do CEOM e lembrar um fato importante da nossa história, neste mês foi realizado uma apuração de dados sobre as baixas temperaturas e a neve na nossa região. A pesquisa foi realizada pela técnica em Educação Patrimonial, Aline Bertoncello, com base no acervo do CEOM e mostra a nevasca que ocorreu há 50 anos em Chapecó.
Mas não foi só na capital do Oeste que aconteceu este fenômeno. Durante as décadas de 40 e 60, várias cidades da região registraram as temperaturas a baixo de zero. Em junho de 1945, Xanxerê marcou -11ºC, segundo dados divulgados pela defesa civil do estado.
Vinte anos depois, em agosto de 1965, Chapecó foi surpreendida com uma nevasca. Os registros fotográficos exaltam a beleza do cenário, que ficou todo coberto por neve. Em 1967, na edição do cinquentenário de Chapecó, o jornal Folha do Oeste registrou o fenômeno com nota e fotografia. Segundo o texto do Jornal, a cidade poderia ser facilmente confundida com uma paisagem do inverno europeu.
As fotografias e a matéria jornalística deste levantamento fazem parte do acervo e compõe diferentes coleções do CEOM. Esses documentos estão disponíveis para pesquisa, assim como todas as outras fontes salvaguardadas no centro.
30 anos de CEOM
Em 1986, a Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste), mantenedora da Unochapecó, criou o projeto do Centro de Memória do Oeste Catarinense (CEOM), como forma de aliar o ensino, a pesquisa e a extensão, além de promover o conhecimento sobre a história local.
Configurada como uma das principais instituições de proteção, pesquisa e difusão do patrimônio histórico e arqueológico do estado, o CEOM possui um acervo de 400 metros lineares de documentos, 700 representações cartográficas, 100 mil peças arqueológicas e mais de 30 mil imagens que contam a história de Chapecó e região.