Os estudantes dos cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação da Unochapecó participaram da 1º Olimpíada de Algoritmos e Programação, que aconteceu sábado (04/06), no laboratório de Informática do bloco M. O evento serve como preparação para a etapa regional da Maratona de Programação da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), que acontece em Erechim, no mês de setembro.

A dinâmica da prova aconteceu através do portal Uri Online Judge, coordenado pelo professor Neilor Tonin da Uri Campus Erechim. Para o coordenador da Olimpíada e professor do curso de Sistema da Informação da Unochapecó, José Carlos Toniazzo, o evento permite simular situações que vão ocorrer durante uma prova oficial. “Eles têm um ambiente pra desenvolvimento de problemas, dentro de um determinado tempo. Já dá para eles uma ideia de como é um ambiente profissional de programação, em que eles trabalham sobre pressão e tem metas a cumprir”, enfatiza.

A competição foi dividida em duas categorias. No nível I, participaram estudantes do primeiro período, que estão iniciando o aprendizado em programação. A equipe Over9Thousand, dos estudantes William Murari, Renato Mello Konflanz e Daniel Del Magro da Silva acertaram as dez questões disponíveis e venceram o primeiro nível da competição. “É muito válido levar os conceitos de programação vistos em sala de aula para uma competição dentro da própria universidade entre os estudantes. É uma forma de se autoavaliar, de se preparar para outras competições que envolvem lógica e programação”, disse Murari, que participou pela primeira vez de uma olimpíada de programação.

No segundo nível, concorreram alunos que já tiveram toda base teórica para resolver problemas com técnicas mais avançadas. A categoria foi conquistada pelo trio GibeCodePlox, formado pelos estudantes Dhouglas Ricardo Pedruzzi, Jean Carlos da Campo e Marcos Merlini.

Segundo Toniazzo, a dinâmica da prova também foi elaborada pensando na etapa regional da competição. “Cada problema que um grupo resolve, ele recebe um balão com uma determinada cor ao lado do seu computador. Isso vai fazendo com que os outros vão percebendo como está o andamento das equipes. Também pela cor do balão eles conseguem ter mais ou menos uma ideia de qual problemas eles já resolveram”, explica.

Os vencedores e os segundos colocados de cada categoria foram premiados com brindes, bem como os organizadores e estudantes que auxiliaram no andamento da competição.

Trio feminino quebra paradigma

Para quem pensa que a área da programação é ambiente exclusivo dos homens, está enganado. O trio de Amandas: Pasin, Haiduk e Carvalho, formaram a equipe CodeGirls e participaram da Olimpíada de Algoritmos e Programação da Uno. Segundo Amanda Carvalho, estudante do primeiro período de Sistemas de Informação, há uma barreira para as mulheres que cursam essa área que está sendo quebrada aos poucos. “Muitos dos meus amigos ou familiares estranham ‘uma mulher nesta área’ e principalmente acham que é uma profissão sem futuro”, conta.

Já para a Amanda Pasin, que também cursa o primeiro período de Sistema de Informação, a minoria de mulheres no mercado de trabalho facilita a busca pelo emprego. Ela também contou com uma ‘ajudinha’ da família para escolher a futura profissão. “Escolhi esse curso pois além do meu pai já trabalhar na área, fiz um técnico em informática e me identifiquei bastante com programação”, conta.

De acordo com Toniazzo, tanto os cursos de Sistemas e de Computação como a área da Tecnologia da Informação (TI), possuem poucas mulheres. “É uma questão histórica e cultural de ter poucas meninas na área da TI”, conta. Segundo o professor a tendência é que as mulheres aos poucos, conquistem o seu espaço. “Diante do crescimento da área, estamos presenciando um aumento significativo das mulheres no mercado de trabalho da TI e isso está se refletindo nos cursos. A gente vê mulheres que desde cedo estão indo pro mercado, algumas até empreendendo. Tem egressas da Uno que já incubaram empresas”, conclui.