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Mestrando da Uno desenvolve aplicativo para monitoramento de diabetes

Inovação

Texto Ana Paula Dornelles*


Escolher um alimento, conferir a quantidade de carboidratos que ele possui, calcular a dose de insulina a cada refeição e compartilhar todas as informações com o profissional de saúde. Tudo isso pelo próprio smartphone. Essa é a função do aplicativo Minsulin, desenvolvido para monitorar o nível de glicose de pacientes com diabetes tipo 1. A ferramenta foi uma ideia do endocrinologista Fábio Copette e primeiramente direcionada para o sistema iOS. Nos últimos meses, através de uma parceria com a Unochapecó, foi criada uma versão do software para Android. O projeto foi executado pelo mestrando do curso de Tecnologia e Gestão da Inovação da Universidade, Cezar Junior de Souza.

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A defesa do trabalho utilizado para obter o título de mestrado e o lançamento do projeto aconteceram na última quinta-feira (26/04), no Centro de Residência de Softwares (CRS) da Universidade. Agora, mais pessoas que sofrem da doença poderão ter acesso aos benefícios que o aplicativo oferece.

Para desenvolver a versão para Android, o então mestre contou com o envolvimento direto de profissionais da empresa Minsulin de Santa Maria, do CRS e do Programa de Pós-graduação em Tecnologia e Gestão da Inovação (PPGTI) da Unochapecó. Além disso, todas as ações desenvolvidas foram apoiadas e organizadas pelo Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica (NITT) e pelo Escritório de Projetos e Prestação de Serviços (EPPS), ambos também da Instituição. O trabalho foi desenvolvido com orientação do professor Marcio Antônio Fiori e coorientação do coordenador do PPGTI, professor Luciano Luiz Silva.

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Para o coorientador, participar do projeto foi uma grande oportunidade aos profissionais e estudantes envolvidos e à Unochapecó. "Este projeto amplia e fortalece o papel da Universidade na formação profissional dos seus alunos em conjunto com o setor empresarial. É também um exemplo de como é possível formar profissionais com  planejamento e realização de projetos de pesquisa e de desenvolvimento. O resultado obtido é um produto de tecnologia e de inovação que trará orgulho para a empresa e para a universidade", afirma.

Atualmente, o Android é campeão no número de usuários em âmbito mundial. De acordo com informações divulgadas no ano passado, pelo CEO do Google, Sundar Pichai, o sistema operacional chegou a alcançar a marca de dois bilhões de usuários ativos por mês.  Por conta disso, disponibilizar uma versão do Minsulin para Android é uma alternativa bastante eficaz. "O aplicativo em iOS já é muito utilizado, mais de três mil usuários. O lançamento para Android vai atingir um número maior de pacientes, já que é a plataforma de smartphone mais utilizada, não só no Brasil, mas no mundo", pontua Cezar.

 

O aplicativo

Agora presente nas versões iOS e Android, o software proporciona muitos benefícios para seus usuários, como a possibilidade de gerar diagnósticos e orientações para uma prática alimentar mais saudável. "O aplicativo tem o intuito principal de oferecer para pacientes com diabetes uma melhora na qualidade de vida. Ele pode optar por refeições mais saudáveis e controlar melhor sua glicemia", afirma Cezar.

Entre as funcionalidades que o aplicativo possui está a facilidade de obter informações sobre a glicemia, as doses de insulina inseridas e a quantidade em gramas de carboidratos ingeridos. Além disso, o usuário pode disponibilizar o acesso de todas as informações com seu médico. Para isso, o software possui duas interfaces: uma móvel, no smartphone, e outra na web, onde o profissional de saúde pode acompanhar o tratamento de seus pacientes por meio de gráficos.

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Foi nos últimos anos que o endocrinologista Fábio Copette, que atua em Santa Maria, observou a necessidade de criar um sistema mais prático e familiarizado com os pacientes diabéticos do tipo 1, que são crianças e adolescentes. “Esses pacientes convivem com a tecnologia no seu do dia a dia. Por isso, trouxemos todo o conhecimento desse trabalho em contagem de carboidratos para pacientes com diabetes 1 para dentro de um sistema onde essas crianças e adolescentes não se sintam excluídos, de certa forma, em ter que fazer cálculos de papel, em horários de refeição. Ou seja, eles podem utilizar o próprio smartphone para selecionar o que querem comer e a partir daí, aplicar a dose o mais próximo do ideal de insulina para cada refeição”, explica Copette.

 

A parceria entre Minsulin e Unochapecó

De acordo com Fábio, após viajar o Brasil em busca de parceiros que acreditassem na proposta, ele encontrou na Unochapecó uma oportunidade de expandir o aplicativo. “A ideia de trazer para a Unochapecó foi devido à abertura que a Universidade me proporcionou. Uma abertura bem mais rápida, em termos de conversar com as pessoas certas e de trazer a ideia para um ambiente muito mais agradável. Agora, se cria um vínculo do produto com a Instituição”, pontua.

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Para a Unochapecó, essa parceria marca a história da Universidade. "Há cerca de dez anos um projeto de relacionamento da Universidade com o setor produtivo começou a ser planejado, para que pudéssemos buscar desenvolver soluções à comunidade. Eis que chegamos ao momento de apresentar a primeira solução, que une uma empresa, o PPGTI, com a realização de uma defesa de mestrado, e a Instituição com sua estrutura, incluindo o CRS. Finalmente, agora, é possível mostrar que podemos seguirmos desta forma, produzindo soluções para a sociedade, pesquisa e desenvolvimento, ao mesmo tempo gerando receitas para nossa Unochapecó. Que venham outros projetos como esse, pois a missão de nossa Universidade é produzir e difundir o conhecimento, oferecendo melhores condições para nossa população", afirma o reitor da Universidade, professor Claudio Jacoski.

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A partir de agora, com o software ancorado no servidor da Unochapecó, o objetivo é monitorar de perto essa idealização, fornecendo apoio, manutenção e melhorias para o aplicativo. De acordo com o professor Marcio Antônio Fiori, a intenção da Minsulin e da Universidade é tornar o aplicativo público, fazer um trabalho de disseminação e disponibilizá-lo à comunidade. “Durante os próximos seis meses, vamos observar o que podemos melhorar para a geração dois do software. Independente disso, outros projetos de maior avanço tecnológico estão sendo discutidos com o PPGTI e a empresa. A gente acredita que até o final do ano já esteja alinhado, começando outro", finaliza.  

 

Disponível para Android e iOS

Para baixar o aplicativo, basta acessar o Google Play ou App Stores do smartphone e pesquisar por "Minsulin". A versão simplificada do aplicativo está disponível gratuitamente. Ao realizar a assinatura premium, por um valor mensal de US$ 1.99 (equivalente a R$6,88), o usuário pode ter acesso a mais de 2.000 alimentos para adicionar em suas refeições.

 

*Estagiária, sob orientação de Greici Audibert.
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