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Cannes Lions Road Show apresenta o que é tendência na Publicidade

Mercado

Mais de 140 pessoas entre acadêmicos de publicidade, professores e profissionais da comunicação se reuniram na Unochapecó para conhecer um pouco mais sobre os cases apresentados no Festival de Cannes 2016, considerada a premiação mais cobiçada da publicidade mundial. O Cannes Lions Road Show, promovido pelo Sindicato das Agências de Propaganda de Santa Catarina, exibiu detalhes das produções vencedoras, as ideias mais inovadoras e os brasileiros que se destacaram na 69º edição do Prêmio.

O encontro, realizado na última quarta-feira (26/10),  foi conduzido pelo publicitário e editor-chefe do site Acontecendo Aqui, Jailson de Sá, que aproveitou a sua participação em Cannes para conversar sobre o futuro da profissão com grandes nomes como Marcello Serpa e Nizan Guanaes. As entrevistas foram apresentadas em um circuito de 10 encontros regionais pelo Estado. O publicitário Pedro Henrique Eich, atendimento da T12 Comunicação, considera os depoimentos um dos pontos altos dessa grande imersão nos bastidores do Festival.

"São ícones da publicidade mundial que compartilham conosco os conhecimentos e experiências vivenciadas em Cannes e no decorrer de suas trajetórias profissionais. O evento é interessante pois mostra ao mercado (profissional e universitário) que para nascerem boas campanhas não necessariamente precisam ter padrões estabelecidos, podem nascer em qualquer cidade, em qualquer país, com verbas menos expressivas. Mas ainda assim o que sustenta é a ideia", avalia.

cannes Na opinião da acadêmica de Publicidade, Bianca Zancanaro Schinaider, essa essa foi justamente a grande mensagem do encontro: a possibilidade de criar algo dentro da realidade de cada empresa ou região. "Claro que foram apresentadas superproduções, mas também coisas muitos simples, que não precisam de muita verba ou tecnologia. Uma ideia diferente pode levar a algo inovador, com recursos e ferramentas disponíveis no momento", comenta.

Já a oportunidade de conhecer as possibilidades além do mercado regional foi o que mais chamou a atenção da estudante Thauane Rizzi. "O momento me fez entender que as boas ideias podem surgir em qualquer lugar, de maneira muito simples. Os exemplos dos profissionais que já se formaram e hoje atuam em agências premiadas nos inspiram a querer ir mais longe". Inspiração que refresca a mente e cria parâmetros para o mercado de trabalho, acredita a também acadêmica e estagiária de publicidade, Ingrid Thays Santin.

 

Criatividade como ponto de partida 

cannes

Para coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda da Unochapecó, Jacira Medronha, o evento foi uma oportunidade para aproximar publicitários e alunos que diariamente enfrentam a criatividade como ponto de partida para suas atividades profissionais. "Vale reforçar a importância da Sinapro esua representação regional, através de Max Ceschi, ao promover esta jornada de palestras pelo Estado, e incorporar a Unochapecó entre seus parceiros".

O Cannes Lions Road Show é uma iniciativa do jornal O Estado de São Paulo e da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), com a realização também da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) e apoio da Unochapecó, Diário Catarinense, portal Acontecendo Aqui e TumDum Multiespaço Criativo.


Confira a entrevista com o publicitário Jailson de Sá, que conduziu o Cannes Lions Road Show em Santa Catarina.

 

Já que o assunto são ideias, como surgiu a iniciativa de levar os cases de Cannes para diferentes regiões do país?

A ideia é levar para o meio acadêmico e profissional um trabalho organizado daquilo que foi mostrado e premiado em Cannes, porque o que é mostrado e premiado lá vira tendência para os próximos dois anos no mundo todo. São 43 mil trabalhos colocados à disposição em 24 categorias, então tem categorias que têm cinco mil peças. A categoria de filme, por exemplo, tem cinco mil cases apresentados para 20 jurados que ficam 20 dias analisando as produções. Então o que a gente faz é organizar os grandes prêmios que podem ser referência. E também os insights deixados pelos gurus da publicidade e que podem ajudar muito as agências de propaganda e os acadêmicos a entender para onde está indo a comunicação com essa tecnologia que muda a cada minuto.

 

Qual a importância de trabalhar esse tema dentro da Universidade e com os acadêmicos, que estão iniciandos seus processos de produção?

É extremamente importante, até comentei com o diretor regional do Sindicato aqui, que a gente deveria trazer semanalmente um dono de agência, um criativo para falar um pouco com a academia e aproximar o que é ensinado em qualquer universidade com a realidade de hoje. Nem os próprios profissionais que estão nas agências o dia inteiro têm domínio da tecnologia e da velocidade com que a comunicação se modifica. Então, trazer essa realidade é necessário para que os estudantes percebam que o que está sendo exigido lá fora é isso aqui. Se vai trabalhar em uma agência é isso aqui que os caras estão fazendo, e é isso aqui que eles querem de você. Então vá buscar além do que ensinam na Universidade. Vá buscar informações, faça estágios, pesquise mais.

 

Chapecó é a última cidade por onde projeto passa em Santa Catarina. Qual a sua avaliação de todos esses encontros e como as pessoas receberam a ideia?

Só em uma das universidades percebemos mais profissionais do que estudantes. E você sabe, tirar o acadêmico da sala só se ele for muito CDF - e tem que ser, cada dia mais. O estudante tem que abrir a cabeça porque vai ser exigido dele muito mais do que a universidade está ensinando. Até brinco que a universidade é a pista do aeroporto, o avião é o aluno. Ele que precisa buscar saber se quer ser um aviãozinho ou um baita de um avião.

 

No início você falou sobre tecnologias e mudanças na comunicação. Qual o futuro da publicidade?

Eu pergunto isso para todo mundo que é guru, todo mundo que cria tendência, e alguns depoimentos eu mostro na palestra. Eu diria que a maneira velha de fazer propaganda morreu. Novos consumidores chegam pelas novas plataformas, a tecnologia muda todo dia e o publicitário, tanto acadêmico quanto profissional, tem que se ligar porque hoje se consome mídia de outro jeito. Então o futuro para as agências de propaganda é procurar entender de consumidor. Procurar entender da pessoa, quais são os hábitos de consumo dela. Conectado como todo mundo está, se o profissional não tiver a inteligência, a ferramenta, a atmosfera da comunicação para prender a atenção, ele não vai vender mais nada.

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