Cesta Básica fica 2,43% mais cara em setembro
Quando o assunto são as compras do mês, as famílias chapecoenses já entenderam que economizar é essencial. E o motivo de toda preocupação com os gastos não é para menos. Depois de apresentar uma pequena queda dos valores em julho e agosto, o valor da cesta básica de alimentos em Chapecó voltou a subir. De acordo com o Observatório Socioeconômico (Observa), do curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, em relação ao mês de agosto, setembro registrou aumento de 2,43%. No acumulado dos últimos 12 meses, este aumento chegou a 11,30%.
A cesta básica, que é composta por 13 produtos considerados essenciais na alimentação, custava R$281,15 em agosto, e passou a custar R$287,97 em setembro. Em fevereiro deste ano, era o tomate que assumia a posição do produto com maior elevação de preço. No mês de setembro, quem ocupou este lugar foi a batata inglesa, que aumentou 14,06% em relação ao mês passado. Em segundo lugar vem o feijão, com aumento de 12,59% e a margarina com 9,84%. Ao contrário dos outros itens, quem sofreu a maior redução do preço foi o café, com diminuição de -4.44%.
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O Observa acompanha ainda o valor do Cesto de Produtos Básicos, composto por 57 itens, separados nas categorias: in natura, semi-industrializados e industrializados, produtos de higiene e limpeza e serviços tarifados. Em setembro foi necessário R$24,14 a mais para adquirir o cesto (um aumento de 2,47%) do que em agosto. Comparado ao mesmo período de 2014, a família Chapecoense teve que desembolsar R$133,77 a mais (aumento de 13,32%) em setembro de 2015.
A maior elevação de preços do cesto foi registrada no aipim, com 34,88%, seguido da farinha de milho, com 21,77% e do gás de cozinha com 17,15%. Apesar de fazer algumas pessoas chorar, a cebola neste mês deu motivo para muitas pessoas voltarem a sorrir, pois foi o produto que registrou a maior queda do cesto, -28,85%. Segundo o coordenador do Observa, professor Julio Cesar Araujo, as elevações verificadas nos últimos meses tem diferentes fontes. “As principais são a alta do dólar, a elevação dos preços administrados (combustíveis, água e luz) e as safras de alguns produtos oriundos da produção da região sudeste, que obtiveram problemas em função das secas do começo do ano”, explica.
O professor aponta, ainda ,algumas alternativas como meios para “fugir” da elevação de preços. A primeira delas é planejar as compras dos produtos básicos, sempre pesquisando as ofertas dos estabelecimentos. A segunda é relacionada ao uso da energia e da água, que devem ser utilizados de maneira consciente, e sempre que possível, substituir os equipamentos de maior consumo por equipamentos mais eficientes (como por exemplo as lâmpadas). A terceira e última dica é relacionada a substituição, quando possível, de bens que estão em crescente elevação de preços. “Contudo, o consumidor deve estar atento quanto a substituição de alimentos, sendo essas do mesmo grupo alimentar, como o exemplo da batata inglesa por batata doce. O ideal seria consultar um profissional da área de nutrição, caso sejam realizadas substituições significativas de alimentos” assinala.