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CMDM e curso de Jornalismo promovem debate sobre violência de gênero

Educação

Texto de Alana de Bairros*

 

Uma pesquisa do Datafolha, realizada em fevereiro deste ano, apontou que 22 milhões de brasileiras sofreram assédio e 1 milhão e 600 mil mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no último ano. Entre os casos de violências, 42% ocorreram no ambiente doméstico e mais da metade das vítimas não denunciou o agressor. Com o objetivo de debater essa realidade e apontar alternativas para combatê-la, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Chapecó, em parceria com o curso de Jornalismo da Unochapecó, promoveu uma roda de conversa sobre assédio e violência de gênero.

O evento foi realizado na última segunda-feira (30/09), no Salão de Atos, e reuniu professores e estudantes de Jornalismo, Produção Audiovisual e Letras. O debate foi formado pela pedagoga e uma das fundadoras do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (GAPA) de Chapecó, Roseli Malacarne Santander, pela jornalista e pesquisadora na área de gênero, Flávia Rubiane Durgante e pelo promotor de justiça titular da 12ª Comarca de Chapecó, Rafael Alberto da Silva Moser. A presidente do CMDM de Chapecó, Liége Santin, fez a mediação do bate-papo. Foram levantadas contribuições sobre os tipos de violência, os índices preocupantes, maneiras de denunciar e a recorrência dos casos no ambiente universitário.

A roda de conversa serviu como piloto para que seja reproduzida em outros espaços e universidades. Para a coordenadora de Jornalismo, professora Angélica Luersen, a ideia principal foi estimular o esclarecimento sobre o tema, para que seja possível mudar a postura do assediador. "Não falar sobre assédio e violência de gênero não quer dizer que isso não vá acontecer. Gerar o silenciamento apenas favorece o agressor", ressalta.

Ter esses espaços de debate e partilha de informações é o primeiro passo para diminuir as ocorrências, conforme ressalta Marcela Laskoski, estudante do 2º período de Letras. "A arma mais eficaz é o conhecimento, é dar consciência para o oprimido de que ele é oprimido, e para o opressor de que ele está oprimindo. Principalmente para reconhecer a situação, pois esse é o ponto em que mais se falha", completa.

O estudante do 2º período de Jornalismo, Gabriel Augusto Scheffer, ressalta que com o debate, pôde conhecer mais sobre as diferentes instituições que objetivam amenizar o contexto atual, como os movimentos sociais, as instituições do poder judiciário e os grupos de proteção. "Carrego a mensagem que devemos nos conscientizar de que esta luta é de todos e que, acima de ideologias, filiações partidárias, crenças religiosas ou opções de gênero, as pessoas possuem o direito e a liberdade para viver sua vida, e que o respeito deve imperar em qualquer circunstância", finaliza.

 

*Estagiaria da Acin Jornalismo sob supervisão de Eliane Taffarel

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Violencia contra a mulher
Producao audiovisual
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