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Confiança dos consumidores chapecoenses mostrava indícios de recuperação 

Comunidade

Neste mês de abril, em função de medidas de precaução tomadas contra o alastramento do Covid-19, que resultaram na interrupção da coleta de dados, não há valor definitivo para o Índice de Confiança do Consumidor (ICC). Como as entrevistas com os consumidores são realizadas de forma presencial, não foi possível coletar as opiniões após o decreto de isolamento social.

Assim, a amostra da pesquisa foi composta por 51 pessoas neste mês, entrevistadas nos dias 13 e 16 de março, o que estatisticamente significa uma amostra não representativa da população chapecoense. Desta forma, não é possível fazer uma generalização confiável dos dados obtidos e afirmar que a pontuação do índice representa a confiança dos chapecoenses. Apesar disso, apresenta-se em seguida o comportamento que os índices estavam tomando e uma análise do cenário que precedeu a paralisação das atividades.

O ICC calculado para Chapecó, apresentou, de acordo com a amostra limitada, um aumento de 4,28 pontos para o mês de abril. Em março, a pontuação do índice foi de 95,61, já neste mês, a confiança dos consumidores atingiu 99,89 pontos, representando uma variação de 4,48%.

O curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, juntamente com o Sindicato do Comércio (Sicom), por meio do Sicom Pesquisas, divulgam o boletim com os resultados para o Índice. A pesquisa foi adaptada da Survey of Consumers da Michigan University para a realidade do município de Chapecó e utiliza como base o mês de abril de 2013.

Depois de cair por três meses consecutivos, o ICC mostrou sinais de recuperação, principalmente no primeiro dia da coleta dos dados. Já no segundo dia de coleta e início da terceira semana do mês, os consumidores se mostraram menos confiantes, especialmente em relação às suas condições atuais, o que pode significar que este fim de semana de intervalo entre os dois dias de coleta pode ter sido um importante período de conscientização e atualização das pessoas sobre os acontecimentos, sobretudo em relação ao novo coronavírus.

No mês de março houve eventos negativos para a economia, como a proliferação do Covid-19, que aumentou a preocupação dos consumidores, empresários e investidores, o que gerou quedas acentuadas na bolsa de valores, juntamente com a guerra de preços do petróleo. Com isso, o dólar alcançou cotações históricas, o que também impactou nas perspectivas dos consumidores.

Acredita-se que, tanto o Índice de Confiança do Consumidor, quanto os demais subíndices derivados, apresentariam variação negativa se a pesquisa houvesse sido concluída com sua amostra total, em função das variáveis elencadas anteriormente. De acordo com a professora do curso, Cássia Ternus, ainda é cedo para estimar os impactos econômicos do Covid-19. “Uma vez que não sabemos ao certo qual será o comportamento do vírus no Brasil, em função das suas mutações e das estratégias utilizadas. Neste sentido, há um paradoxo para ser resolvido: de um lado medidas para contê-lo e minimizar os impactos à saúde coletiva e, de outro, políticas que busquem minimizar os impactos econômicos. O ideal parece ser buscar um equilíbrio entre ambos”, ressalta

A amostra coletada também mostrou que as expectativas de gastos extras e de gastos pela internet apresentaram queda neste mês. A expectativa de gastos era de R$ 453,47 em março e para abril ela é de R$ 421,11 (-7,13%). A expectativa de gastos pela internet apresentou uma queda mais acentuada, ela era de R$ 162,58 em março, e para este mês de abril registrou uma queda de 59,90%, atingindo R$ 65,20.

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