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Desbravando o Brasil: Unochapecó participa novamente do Projeto Rondon

Educação

Texto Andressa Pomagerski*

 

O estudante universitário pode mudar o mundo! Tudo bem, talvez não o mundo todo em uma única vez, mas tem a chance de transformar a realidade de uma parcela da população brasileira através do Projeto Rondon. Coordenado pelo Ministério da Defesa, a iniciativa tem por objetivo somar esforços para contribuir com o desenvolvimento local sustentável e a construção e promoção da cidadania. Na edição deste ano, a Unochapecó também se faz presente. A Universidade participa da ação através de dois grupos de estudantes, que viajam para Rondônia, Mato Grosso e Pará no mês de julho.

Em abril, os coordenadores do projeto na Unochapecó, professores Alexsandro Stumpf e Celso Zarpellon, participaram da viagem precursora das operações. Esse é o primeiro contato da Instituição com o local onde as ações serão realizadas no segundo semestre. Além disso, o encontro definiu o cronograma de atividades elaborada pelos rondonistas com os municípios beneficiados pela ação.

O professor Celso Zarpellon, do curso de Agronomia, viajou para o município de Buritis, no estado de Rondônia, como representante da Unochapecó na operação Rondônia Cinquentenário. Já o professor Alexsandro Stumpf, dos cursos de Comunicação, participou da viagem correspondente à operação Serra do Cachimbo, que acontece no município de Altamira, no Pará, e nas cidades de Carlinda, Guarantã do Norte, Itaúba, Nova Guarita, Novo Mundo, Paranaíta e Terra Nova do Norte, no Mato Grosso.

Professor Alex

Na visão do professor Alexsandro, o objetivo do Rondon não tem relação com assistencialismo, mas desenvolve ações junto à comunidade, a fim de levar o conhecimento dos estudantes para formar multiplicadores. Pessoas que após o período da operação possam continuar desenvolvendo esse processo de melhorias na comunidade.

“Como eles dizem lá, não é você dar o peixe, é ensinar a pescar. É plantar uma sementinha e com isso a população continuar desenvolvendo as ações que lhes foram repassadas pelos rondonistas." E nesse sistema, a experiência de vida está acima de tudo. “Você desenvolve um olhar mais humanitário. Fazer com que as pessoas, através da cidadania, da solidariedade, das ações comunitárias, consigam melhorar suas condições de vida é o mais gratificante”, assegura o professor.

 

Participação da Universidade

Celso

Dentro do projeto Rondon existem três áreas de atuação. O grupo A é voltado para cultura, direitos humanos e justiça, educação e saúde. O grupo B trabalha com comunicação, meio ambiente, tecnologia e produção. Já o grupo C tem por responsabilidade fazer a cobertura e divulgação do evento. A Unochapecó, que participa ativamente das ações desde 2011, nesta edição integra os grupos A e C.

Os estudantes que fazem parte do grupo A participam da Operação Rondônia Cinquentenário, que acontece entre os dias 07 e 23 de julho, na cidade de Buritis, em Rondônia. O objetivo é desenvolver oficinas socioeducativas com a comunidade e os representantes da Universidade são: Celita da Silva Machado e Sacha A. Branco, do curso de Ciências Biológicas; Isadora e Sá Giachin e Thais Giordani, do curso de Direito; Thayline Cardoso, do curso de Enfermagem; Roberta de Macedo, do curso de Fisioterapia; e Larissa Kammir e Raica Moterve, do curso de Psicologia.

Já os alunos do curso de Jornalismo, Amanda Ferronato, Ana Paula Dornelles, Angélica Dezem, Carlos Eduardo Pereira, Luidy Lazzarotto Roncalio, Marina Folle Schielke, Marina Pessalli Favero e Maryna Dahmer participam da Operação Serra do Cachimbo, que ocorre entre os dias 14 e 30 de julho. Os estudantes fazem parte do grupo C e são responsáveis pela cobertura jornalística de todas as ações desenvolvidas nos oito municípios envolvidos na operação.

 

Um sonho

Zarpellon

Para acadêmica do quinto período do curso de Jornalismo, Maryna Dahmer, participar do projeto é uma oportunidade de conhecer diferentes realidades, outros modos e condições de vida. “Tenho certeza que será muito importante para mim, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Participar da operação Serra do Cachimbo vai me tornar uma pessoa melhor e uma jornalista mais sensível", conta a acadêmica, que sonha em participar das atividades do Rondon desde o início da faculdade.

Aliás, muitos dizem que quem já participou do Projeto Rondon não esquece a experiência e quer repetir a dose. A nutricionista Camila Kunzler colaborou com o projeto em 2015, na Operação Jenipapo. O destino de sua viagem foi a cidade de Arari, no Maranhão, e a experiência ainda reflete na sua vida. “O conselho que dou para os próximos rondonistas é estarem abertos às possibilidades de vivenciar algo tão maravilhoso que está distante do que aprendemos em sala de aula.  Deve-se aproveitar ao máximo, porque passa muito rápido, depois ficam somente lembranças e a vontade de voltar no tempo.”

 

O projeto

A ideia de levar a juventude universitária para conhecer a realidade brasileira e participar do processo de desenvolvimento regional surgiu em 1966. Um ano depois, no dia 11 de julho, a primeira viagem foi realizada e contou com a participação de 30 universitários e dois professores de instituições do antigo Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rondônia foi o primeiro destino da missão, que durou 28 dias.

O Projeto Rondon completa em 2017, 50 anos de existência. Prioriza o desenvolvimento de ações que proporcionem benefícios permanentes para as comunidades, principalmente as relacionadas com a melhoria do bem-estar social e a capacitação da gestão pública. As regiões prioritárias para a realização do projeto são aquelas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e exclusão social. Também são avaliadas áreas isoladas do território nacional que necessitem de maior auxílio de bens e serviços.


*Estagiária, sob orientação de Greici Audibert

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