Egresso recebe prêmio Catarinense de Economia
Texto Paula Taffarel Benetti*
O faturamento final das redes supermercadistas muitas vezes não equivale ao tamanho da empresa. Portanto, um supermercado proporcionalmente maior pode não ter a mesma eficiência que supermercados menores. Essa foi a conclusão da pesquisa realizada pelo egresso do curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, Douglas Nodari, premiada no XIX Prêmio Catarinense de Economia.
O trabalho é intitulado “Análise de eficiência no setor supermercadista do Estado de Santa Catarina: uma verificação via análise por envoltória de dados para os períodos de 2010 a 2013”. Com a pesquisa, Douglas conquistou o terceiro lugar na categoria estudante e recebeu como prêmio o valor de mil reais. A cerimônia de entrega ocorreu na última quinta-feira (10), na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis.
"Estar entre os três melhores é resultado da dedicação empenhada durante o desenvolvimento do estudo", afirma Douglas. O Prêmio Catarinense de Economia abrange estudos de cadeias produtivas, ligados aos setores das atividades econômicas de formação, manutenção e dinâmica de aglomerados produtivos que contribui para o desenvolvimento da economia catarinense, bem como suas inter-relações com a economia brasileira. Nesta décima nona edição, a iniciativa recebeu a inscrição de monografias realizadas nos anos de 2015 e 2016, nos cursos de graduação em Ciências Econômicas de todo Estado.
Trabalho premiado
A pesquisa foi orientada pelo professor de Ciências Econômicas da Unochapecó, Julio Cesar Araujo da Silva Junior. Douglas ressalta que o professor foi o responsável por convencê-lo a inscrever-se no prêmio. "Fui convencido pelo professor Júlio que o meu trabalho tinha potencial por tratar de um assunto regional que ainda não havia sido pesquisado no Estado", explica.
De acordo com o professor Júlio, entre as contribuições que a pesquisa realizada pelo egresso do curso de Economia da Unochapecó traz para a área, está a apresentação de um ranking de eficiência que avalia informações sobre o processo de produção na rede supermercadista.
Como resultado, Douglas concluiu que a maioria dos supermercados obteve uma baixa "eficiência máxima", ou seja, boa parte dos estabelecimentos analisados, comparado com os melhores, possuem alguma deficiência que pode ser relacionada à estrutura de trabalho, ao número de funcionários, à área de venda e ao número de lojas.
Em seu trabalho, Douglas utilizou o mesmo banco de dados disponibilizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Foram coletadas amostras de 71 supermercados, destes, 13 obtiveram eficiência máxima. Douglas explica que o objetivo foi avaliar a eficiência das redes supermercadistas e provar que o tamanho dos estabelecimentos não influencia no faturamento final. Assim, um supermercado proporcionalmente maior pode não ter a mesma eficiência que supermercados menores.
*Estagiária da Acin Jornalismo, sob a supervisão de Ilka Goldschmidt