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Estudantes criam embalagens lúdicas para crianças em tratamento oncológico

Saúde

*Texto Christiane Lise

Dentro de um ambiente hospitalar, o acolhimento e o cuidado são fundamentais no atendimento de qualquer paciente. Mas quando se fala da área da oncologia pediátrica, esses cuidados precisam ser redobrados e carregados com doses extras de carinho e conforto. 

A embalagem da 'Superdose de amor' descaracterizar os frascos de quimioterapia

Foi pensando nisso, que os estudantes do sétimo período do curso de Enfermagem da Unochapecó desenvolveram as embalagens chamadas de 'Superdoses de amor', uma forma de  descaracterizar os frascos de quimioterapia. A professora do curso e coordenadora da atividade, Jucimar Frigo, explica que, por meio do mundo imaginário, a ideia é que as crianças façam uma analogia do tratamento e melhora da doença com a ajuda dos super-heróis. “Os frascos de tratamento de quimioterapia são da cor laranja, assim que eles chegam nos quartos as crianças têm uma sensação de 'dor e mal estar' atrelado ao impacto causado pela embalagem da quimioterapia. Acreditamos que essa versão colorida e com imagens de super-heróis, possa diminuir essa sensação e minimizar a resistência ao tratamento, pois as crianças se inspiram nessas figuras e é possível abordar o assunto de forma mais descontraída”, ressalta a professora.

Os desenhos estampados nas embalagens foram criados pelos próprios estudantes. Para uma das autoras dos desenhos, a acadêmica Adria Fontana Marchi, o trabalho com os personagens de super-heróis vai muito além da fantasia, pois estimula nas crianças virtudes como vencer os medos e coragem para enfrentar desafios. “A própria doença e as constantes internações podem provocar um impacto psicológico muito grande e negativo nas crianças, a ponto dela ter seu desenvolvimento emocional comprometido e criar uma atitude negativa em relação aos serviços de saúde. Foi assim que surgiu a ideia de usar os super-heróis, pois eles fascinam as crianças, principalmente pelos seus poderes e força, que permeiam a fantasia e a imaginação. Desenvolvemos a proposta, contando não só com a nossa turma, mas com sugestões de familiares e amigos que acreditaram na essência humanizada da nossa ideia, de redução de danos psicológicos no tratamento oncológico das crianças”, salienta a estudante.

As unidades foram entregues nos serviços de pediátrico oncológico

E nessa corrente de empatia, bons parceiros surgiram no caminho e ajudaram a tornar a ideia uma realidade. Em parceria com a empresa Fullpack Embalagens, foram confeccionadas 9.500 unidades de forma gratuita, que foram distribuídas entre alguns espaços e serviços que prestam atendimento pediátrico oncológico, tais como: Hospital da Criança Augusta Müller Bohner; Ambulatório de Oncologia da Unimed- Chapecó e o Hospital Regional de Xanxerê - ala de internação pediátrica, APAE, CAPP, Casa de apoio da Rede Feminina. 

A iniciativa cria uma atmosfera de amor e compreensão, que prioriza o estado emocional de crianças e adolescentes com câncer. Uma forma de aumentar os sorrisos e a vontade de seguir em frente. “A proposta superou nossas expectativas, isso mostra a importância do processo de um ensino-aprendizagem humanista,  empático e científico”, reforça a professora Jucimar.

 

Jornalista - Unochapecó*

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