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Medicina Veterinária: 10 dias de dedicação total à futura profissão

Educação

Texto Andressa Pomagerski*

 

A Efapi é conhecida como uma feira multissetorial por reunir diversos ramos da economia em um único evento. Mas ao passarmos pelos cinco pavilhões reservados à exposição e venda de animais, fica fácil perceber que o setor agropecuário ganha maior destaque. E para auxiliar no cuidado de todos os animais que se encontram na Efapi, o curso de Medicina Veterinária da Unochapecó ganha um papel especial.

Cerca de 35 estudantes do curso trocaram os 10 dias que teriam de descanso por dedicação total à futura profissão. Os alunos foram divididos em grupos e cada equipe ficou responsável por cuidar de um determinado setor animal. Seja no pavilhão dos bovinos, equinos, ovinos ou piscicultura, a responsabilidade é grande e o fluxo de trabalho também.

Segundo a coordenadora do curso, professora Luciana Faccio, um pré-requisito foi estabelecido para que os estudantes pudessem se candidatar: já ter cursado a disciplina de Epidemiologia. “Definimos esse critério, porque depois dessa disciplina os alunos já teriam maior preparação para uma correta compreensão da organização agropecuária do parque.” Ela acrescenta que a participação na Feira é de grande valia, tanto para os estudantes quanto para o curso, estreitando assim a relação entre a graduação e a comunidade.

efapi

A aluna do quinto período do curso de Medicina Veterinária, Ana Paula Siemer, integra o grupo responsável pelo cuidado dos cavalos e explica que a participação na Efapi possibilita novas interações. “Sempre quis trabalhar com equinos, mas ainda não possuía experiência nessa área. Aqui eu aprendi muita coisa, além de conhecer a teoria estou junto dos animais e posso auxiliar em praticamente todos os procedimentos. Fazemos todos os trabalhos necessários para cuidado, alimentação e bem-estar do animal. A rotina é cansativa, mas também muito gratificante.”

Contudo, todo o trabalho duro é recompensado ao ver o brilho nos olhos dos visitantes ao observar os animais. Eles são uma atração à parte, pelo menos é o que afirma uma das visitantes da Feira, Ana Sczesny, moradora do município de Arvoredo (SC). “A experiência está sendo muito interessante. É possível conhecer animais diversificados e de raças variadas, todos muito bem cuidados. Além de serem um dos maiores atrativos para as crianças.”

 

Três turnos

Mas para um grupo, o desafio durante a Feira é maior. Além de todo o trabalho em comum com os demais setores, como por exemplo alimentar os animais e mantê-los limpos, assim como o espaço que ocupam, os responsáveis pelos ovinos praticamente moram na Efapi. Para garantir um cuidado de excelência, inclusive durante a noite, os estudantes possuem uma escala para dormir no pavilhão das ovelhas.

med vet

As instalações não são de luxo, mas o esforço é para um bem maior. Na moradia temporária, além de dois colchões, se encontra o necessário para garantir as refeições dos estudantes. Os alunos são sempre supervisionados por um professor de Medicina Veterinária.

Esta é a primeira vez que o estudante do quarto período do curso, Gustavo de Cezaro, trabalha na Feira. Segundo ele, é também a primeira vez que tem um contato tão próximo com ovinos, uma área da medicina veterinária que está crescendo na região. “A experiência está sendo muito boa, porque saímos da sala de aula e podemos praticar o que aprendemos no curso. Estamos trabalhando de forma voluntária com os animais como se fosse na lida do dia a dia. Apesar de cansativa, é uma atividade muito boa”, afirma o estudante.

Mesmo durante o oitavo dia de Feira, se o cansaço chegou, não era demonstrado pelos alunos. E o trabalho continua até domingo (15/10), para garantir as melhores condições para os visitantes e, principalmente, para os animais.

peixes

*Estagiária, sob orientação de Greici Audibert

 

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