Missão de pesquisa Franco-Brasileira completa quatro anos
Desde 2013, o Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM) firmou parceria com o Museu de História Nacional de Paris para desenvolvimento do projeto 'Primeiros povoamentos do alto rio Uruguai”. O projeto de arqueologia conta com subsídio do Ministério das Relações Exteriores da França e tem como objetivo principal desenvolver pesquisas de campo e laboratório sobre as mais antigas ocupações humanas na região do Alto Uruguai, tanto no Oeste de Santa Catarina como no Noroeste do Rio Grande do Sul.
De acordo com a coordenadora do Ceom e uma das coordenadoras do projeto, professora Mirian Carbonera, em 2016 o projeto completa quatro anos de atividades e tem trazido ótimos resultados. “O projeto é interdisciplinar e tem reunido um grande número de pesquisadores de diferentes instituições de ensino e pesquisa brasileiras e estrangeiras que se reúnem durante 30 dias com o objetivo de estudar o passado mais antigo da região”.A pesquisa de campo acontece na região da Volta Grande e engloba neste ano os municípios de Águas de Chapecó e Palmitos em Santa Catarina e, Alpestre no Rio Grande para o estudo simultâneo de três sítios arqueológicos.
Para a Dra. Ana Lúcia Herberts, que participou pela primeira vez do
projeto neste ano, “foi gratificante perceber a continuidade das pesquisas iniciadas pela equipe da Scientia Consultoria Científica com o licenciamento ambiental da UHE Foz do Chapecó e que está dando muitos frutos para a arqueologia catarinense, comprovando especialmente a antiguidade das ocupações no vale do rio Uruguai”. Ana, que é diretora das unidades regionais da empresa Scientia Consultoria Científica, salienta também que esta é uma ótima oportunidade de formação para estudantes que estão iniciando nos estudos arqueológicos, permitido também estudos mais aprofundados, como teses de doutorado.
Segundo a doutoranda da Universidade Italiana de Ferrara, Giulia Marciani, “é interessante participar de uma pesquisa interdisciplinar que abrange diversas áreas do conhecimento com foco na pré-história, onde os resultados são potenciais e surpreendentes”. As atividades de escavação seguem até dia 20 de agosto. Em 2016 o projeto encerra a primeira etapa, mas já está sendo planejada a continuidade, dado o potencial arqueológico da área e dos resultados obtidos até o momento.
