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Nível de confiança do consumidor chapecoense cresce sem expressividade

Mercado

Apesar de seguir em estado de otimismo, neste mês o nível de confiança do consumidor chapecoense cresceu sem muita expressividade, se comparado aos últimos meses. O aumento foi de 1,77 em fevereiro, ou seja, chegou aos 104,18 pontos, em um índice que varia de 50 a 200. O estudo foi realizado pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó juntamente com o Sindicato do Comércio (Sicom), por meio do Sicom Pesquisas.

Para o mês fevereiro, a amostra foi composta por 125 mulheres e 122 homens de diversas faixas etárias e classes de renda. A análise é segmentada também pelas características individuais dos consumidores: gênero, idade e renda. O levantamento foi realizado entre os dias 23 e 31 de janeiro.

Segundo a professora Cássia Ternus, as expectativas para a retomada do crescimento econômico estavam refletidas no Índice de Confiança do Consumidor desde meados de 2018. O comportamento positivo se mantém em 2019, no entanto, com uma variação menos expressiva, que pode ser resultado de diversos fatores. "Entre eles definições de condução da política econômica que ainda não está claramente sinalizada, retomada das atividades produtivas e, com isso, os gastos inerentes de início de ano (IPTU, material escolar, matrícula escolar, uniforme escolar, IPVA), além de possíveis deslizes financeiros cometidos com as festividades de final de ano e férias".  

A elevação na confiança dos consumidores no mês de fevereiro foi puxada pela confiança da população com idade acima dos 65 anos (11,11%) e das pessoas com renda maior que R$ 3.000,00 (4,73%). Mesmo com o aumento geral no Índice de Confiança do Consumidor, três categorias apresentaram uma queda na confiança para o mês de fevereiro: as mulheres (- 0,33%), as pessoas menores de 24 anos (- 0,28%) e as pessoas de 24 a 45 anos (- 0,02%).

 

Comportamento dos Subíndices

O Índice de Condições Econômicas (ICE) apresentou aumento de 4,02% comparado ao último mês (janeiro), atingindo o valor de 87,17 pontos. Os resultados que contribuíram para esse aumento foram dos consumidores entre a faixa etária dos 45 e 65 anos (15,21%), totalizando 90,30 pontos. As pessoas com renda acima de R$ 3.000,00 também contribuíram de modo expressivo para o aumento do ICE (13,91%) e a população acima de 65 anos (11,11%).

Com relação ao comportamento do Índice de Expectativas de Consumo (IEC), houve um aumento de 0,70% para o mês de fevereiro, totalizando 114,63 pontos. Os consumidores que estão com uma expectativa financeira positiva para os próximos doze meses são as pessoas com idade acima dos 65 anos (11,11%), seguido das pessoas com renda entre os R$ 1.500,00 e R$ 3.000,00 (6,52%).

O Índice de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (IEIC) permite sondar o nível de obrigações a pagar ou em atraso que o consumidor possa ter, como por exemplo cartão de crédito, cheque especial, crédito em lojas, crédito consignado, financiamento de carro/moto/casa e outras dívidas. O IEIC apresentou um aumento de 6,12%, passando para 144,79 pontos. Entre os 247 consumidores entrevistados, 61,9% estão com alguma obrigação a pagar.

O percentual de consumidores que disseram estar inadimplentes (obrigações com mais de 30 dias de atraso) apresentou uma leve redução em fevereiro. Em janeiro era de 11,8%, enquanto em fevereiro esse percentual caiu para 11,3% dos entrevistados. Entre as principais obrigações em atraso para o mês de fevereiro, o crediário em lojas foi a principal citada, representando um percentual de 42,8%, seguido pelo cartão de crédito (21,4%) e financiamento de carro/moto (17,8%).

 

Volta às aulas

A pesquisa realizou um levantamento do valor que as pessoas estavam gastando ou dispostas a gastar com a retomada das atividades escolares, em janeiro, mês de coleta dos dados. De acordo com os entrevistados, a média de gastos com materiais escolares será de R$ 284,55. Quanto a forma de pagamento, 75,2% disseram que pagariam em dinheiro, enquanto 13,3% utilizariam o cartão de crédito. Em geral, os consumidores já estão preparados para os gastos com esta finalidade e, por isso, muitas vezes reservam parte do 13º salário ou das férias para garantir a compra à vista, ganhar descontos e não comprometer o orçamento familiar.

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