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Oitava MAU inicia na quinta-feira e integra o I Festival de Cinema de Chapecó

Cultura

Texto Luana Poletto e Anna Luisa Schuck*

 

Com o objetivo de colocar os estudantes em contato com outras produções e realizadores, e também servir como uma janela de exibição do que é produzido dentro da própria Universidade, o curso de Produção Audiovisual (Cinema e Vídeo) da Unochapecó promove a 8ª edição da Mostra Audiovisual Universitária (MAU). O evento será realizado entre os dias 21 e 24 de outubro, de forma online.

Este ano as atividades da MAU integram o I Festival de Cinema de Chapecó, que terá exibição de longas e curtas-metragens nacionais de forma paralela. O Festival recebeu, ao todo, 707 filmes inscritos, sendo 360 para a categoria de ficção, 196 para curtas documentais, 21 para a mostra de cinema chapecoense e 130 para a Mostra Universitária. Destes, houve uma seleção para exibição. A abertura oficial do evento acontece na quinta-feira (21/10) às 19h, com posterior mesa redonda sobre ‘A produção de cinema no interior do Brasil’. Todos os filmes, do Festival e da MAU, estarão disponíveis a partir das 20h do dia 21, na plataforma InnSaiei.TV

O coordenador do Festival, Augusto Zeiser, explica que o evento tem o objetivo de ser a grande janela do cinema nacional em Chapecó e na Região Oeste.

“Há muita dificuldade de acesso aos filmes brasileiros através de cinemas comerciais, e um evento como um Festival de Cinema abre essa possibilidade de exibição e acesso a produções do Brasil. A MAU, já consolidada em sua 8ª edição, engrandece o Festival e abre espaço para um momento muito importante na construção profissional de quem atuará na área do audiovisual, que são as produções universitárias. É nesse ambiente que se desenvolvem técnicas e se aprimoram capacidades. Ter espaço em festivais de cinema é um importante respaldo e estímulo para o futuro profissional desses estudantes”, salienta.

A coordenadora da MAU, professora Daniela Farina, destaca que estar dentro do Festival é importante, por ser a primeira edição e ele ser descentralizado. “Ele vem com essa proposta de exibir filmes que são feitos no exterior, então é importante para o próprio curso de Produção Audiovisual estar dentro das atividades pensadas nessa área, tanto na questão de produção quanto de difusão”, ressalta.

Neste ano, a MAU recebeu inscritos de três países e de 72 universidades, sendo que 10 obras foram selecionadas. Daniela conta que muitos estudantes do curso se envolvem com a organização da Mostra. “É uma forma deles se qualificarem. Também, é um projeto extracurricular, que faz a diferença na formação, por esse engajamento e voluntariado que eles organizam a MAU”, ressalta.

A acadêmica do 6º período de Produção Audiovisual, Ana Júlia Busa, é uma das alunas responsáveis pela comunicação desta edição da MAU. Ela conta que participou do evento em 2019 e, logo após, já queria se inscrever para auxiliar na organização da próxima. “Eu vi toda a movimentação da equipe e achei muito legal. Este ano, estou acompanhando todas as etapas desde o início, algumas eu nem sabia que existiam. Agora estamos na reta final e é muito gratificante, pois toda a equipe se empenhou muito para ver tudo isso acontecer. Como agora a Mostra está integrada com o Festival, tenho certeza que os filmes vão chegar a mais pessoas, e isso também vai gerar mais contatos para trocas de experiências”, comenta. 

Um dos filmes que integra a programação da Mostra é o documentário 'Atos Criativos', que tem direção de Eduardo Ceretta e foi desenvolvido por estudantes dos cursos de Produção Audiovisual e Jornalismo para a disciplina de 'Documentário', sob orientação do professor Francesco da Silva. Eduardo é egresso do curso de Produção Audiovisual e participou da comissão organizadora da MAU por três anos. “Foi uma surpresa para mim ser selecionado e eu fico muito feliz de agora estar vivenciando esse outro lado. A MAU tem essa importância de divulgar as produções universitárias, fazer com que estudantes ou recém-formados possam dialogar sobre essas produções, que a gente comece a se integrar cada vez mais no mercado do audiovisual ou cinematográfico”, destaca. 

O coordenador de Audiovisual, professor Francesco, comenta que esses eventos são momentos muito ricos para a aprendizagem, pois os estudantes conhecem obras produzidas em outras universidades, do país e fora dele. “São realidades muito diferentes, com temáticas e técnicas bastante variadas, o que agrega conhecimento e inspira esses jovens produtores audiovisuais. Somos o único curso de Produção Audiovisual em um raio de quase 500 quilômetros e estamos formando profissionais nessa área há 12 anos. Assim, integrar o Festival se torna algo natural, entendendo que ele é um dos marcos do setor na região”, finaliza.

A programação do Festival finaliza no dia 24, às 17h30 com um Fórum Audiovisual do Oeste Catarinense, e a partir das 19h com a cerimônia de premiação e posterior encerramento.

 

Obras exibidas na MAU

 

Sessão 1 

- Atos criativos - Neste documentário metalinguístico, narrado pelo sociólogo Deleuze, cinco artistas regionais refletem sobre criatividade e o fazer arte.

- Estilhaços - Uma mulher idosa, que foi diagnosticada em sua juventude com transtorno de personalidade, acredita que não é capaz de morrer. Ela descobre a origem dessa crença quando encontra a si mesma.

- Letícia, Monte Bonito, 04 - No interior do Rio Grande do Sul, Laís conhece a intensa Letícia, com quem passa uma tarde letárgica de verão.

- Wagner - Wagner tem uma obsessão: ele é sósia do famoso cantor, Everaldo. As noites de Copacabana são abrilhantadas pelas performances do fã apaixonado. Um dia, ele é surpreendido por um escândalo: Everaldo está sendo acusado de assédio sexual.

- Bicha-bomba - Este filme “não é capaz de vingar as mortes, redimir os sofrimentos, virar o jogo e mudar o mundo. Não há salvação. Isso aqui é uma barricada! Não uma bíblia”.

 

Sessão 2

- Vídeos do minuto - Seis curtas-metragens que foram realizados na Aula Integrada do curso de Produção Audiovisual da Unochapecó.

- A Sentença - Em sonho, Sofia recebe um pedido de socorro de um dragão. Ela tenta ajudá-lo, mas algumas coisas estão fora de seu alcance.

- Obscura - Henrique é um fotógrafo paparazzi e seu último trabalho é expor fotos comprometedoras de uma importante figura política da época. Ao tentar revelar as fotos, ele é surpreendido por duas pessoas de seu passado, que o fazem passar por um inferno pessoal e de auto revelação.

- Quarta: dia de jogo - A quarta-feira, no Rio de Janeiro, é diferente dos outros dias por ter futebol à noite. O documentário traça a jornada de alguns trabalhadores através da rádio Bafo de Onça. Mas como nem tudo é sobre futebol, há quem prefira dançar música brega na Feira de São Cristóvão ao fim do expediente.

- Um Oito Sete - O que você faria com R$187,00? Partindo deste questionamento, o documentário aborda questões relativas à pobreza e às desigualdades sociais.

 

Durante o evento, haverá duas noites de debates com os realizadores das mostras, transmitidas pelo Facebook e Youtube do Festival. Na sexta-feira (22/10), acontece um debate sobre a Sessão 1, com início às 19h. Já no sábado (23/10), às 19h, será realizado um debate sobre a Sessão 2. Os links serão divulgados nas redes e no site do evento.

 

*Estagiárias da Acin Jornalismo, sob supervisão de Eliane Taffarel

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