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Os profissionais que irão formar os cidadãos do futuro

Histórias

Texto Ana Vertuoso*

 

É na sala de aula que se muda uma nação. As palavras cantadas por Leci Brandão na música 'Anjos da Guarda', há mais de 20 anos, expressam bem a importância dos professores. São eles os grandes responsáveis por formar todas as demais profissões, e acima de tudo, por transformar a vida de inúmeras pessoas. Seja no ensino fundamental, médio ou superior, todos temos um professor especial, que marcou a nossa história. E como forma de homenageá-los, o Dia do Professor e do Técnico Administrativo é celebrado nesta terça-feira (15/10). 

Duany sonha em ser professora desde criança

Daqui alguns anos, os mestres que foram nossos exemplos já não estarão mais nas salas de aula. Porém, no lugar deles, outros professores e professoras irão assumir a missão de formar cidadãos. Uma delas, é Duany Carla Nazzari. Apaixonada pela arte de ensinar desde criança, era tão participativa na escola que alguns professores do ensino médio já diziam que a jovem seria professora em algum momento da vida. Eles estavam certos. Por vontade de seguir esse caminho, ela escolheu o curso de Letras da Unochapecó. E agora, já no 6º período, passa por uma etapa muito importante de sua formação: o estágio. 

O primeiro contato com a sala de aula pode até ser assustador, mas para quem está realizando um sonho de infância como ela, isso não é um obstáculo. "Nos primeiros momentos que eu entrei na sala, fiquei com muito medo, mas depois de dez minutos já sabia que é isso que eu quero fazer. Gostei desde o primeiro momento. Me dou muito bem com os alunos, e tenho consciência de que ainda não enfrentei todas as dificuldades que um professor pode passar, mas não consigo imaginar algo que eu não consiga dar conta", explica.

Com a convivência semanal, ou em alguns casos diária, o vínculo criado entre professores e estudantes ultrapassa os conteúdos programáticos, e como Duany já sabe bem, os mestres se tornam exemplos a serem seguidos. "Eu costumo brincar que ela é minha chefe 'master' porque trabalho com ela no literatório e ela é minha orientadora de estágio, mas minha maior inspiração é a professora Rosa Maria Cominetti. Ela me influenciou muito porque sempre diz que a literatura salva, e isso é verdade".

A afinidade com a leitura, que influenciou a jovem à cursar Letras, é algo que ela sempre pretende carregar consigo. Assim, quando perguntada sobre as expectativas para o futuro, a resposta é simples. 

"O professor é o mediador do conhecimento. É uma profissão linda, que você não guarda o que sabe para si, você passa para os outros e o que você passa vai ficar a vida inteira com aquela pessoa, isso é muito gratificante. Por isso, uma coisa que tenho certeza que nunca vou fazer, é me acomodar. Nunca vou deixar a comodidade e as coisas ruins me afetarem a ponto de eu não ser uma boa professora".

 

Maicon uniu duas paixões na graduação, licenciatura e biologia

Paixão por ensinar

O futuro professor, Maicon Telles Szczygel, está no 4º período de Ciências Biológicas da Uno e também sempre quis seguir esse caminho. Por crescer no interior, a natureza esteve muito presente em sua infância, e na hora de ingressar na universidade, o jovem optou por unir as duas áreas que gostava. "Escolhi fazer esse curso, especificamente licenciatura, por conta dos meus professores. Desde a educação infantil, sempre tive muita admiração por eles, e conforme o tempo foi passando, foram eles que despertaram o interesse pela licenciatura e por estar dentro de uma sala de aula".

Segundo ele, a maior inspiração na época de escola não foi uma professora de ciências ou biologia, mas sim de história. A professora Mirna Romani esteve na vida do jovem durante o ensino médio e ensinou lições importantes que ele ainda carrega consigo. "Ela fez eu ter a consciência do porque é importante ser professor, do quanto nosso trabalho é relevante para a sociedade. Ela dizia que muitas vezes nós conseguimos ver os problemas, mas o que estamos fazendo para resolvê-los?", explica.

Diferente de muitos estudantes, Maicon entrou em contato com essa realidade ainda no 2º período do curso, quando foi contratado para atuar em uma escola no interior de Chapecó. Para ele, a experiência de conhecer como é a rotina de um professor logo no início da graduação é um grande diferencial nos estágios. "Às vezes você pensa que é de uma maneira, mas na prática é bem diferente. Você se depara com uma realidade que às vezes é difícil de trabalhar, mas você também percebe que tem como contornar os desafios".

O jovem sabe que os desafios da educação são muitos e, geralmente, são grandes demais para serem resolvidos por uma única pessoa. No entanto, ele também entende que, mesmo assim, é preciso tentar. E o melhor jeito de fazer isso, é por meio da educação. 

"Vejo os meus professores da graduação como um espelho, pela caminhada acadêmica que eles têm. Eu tenho um amor muito grande por ensino fundamental e médio, por aquela bagunça de escola. Minha expectativa é permanecer nesse rumo, mas quero fazer mestrado, doutorado e me aperfeiçoar porque tenho que devolver isso para a sociedade da melhor maneira possível".

 

Vontade de inovar

Maiara quer mudar o estereótipo do professor de Educação Física

Outra profissional que fará a diferença no futuro é Maiara Lippert, do 6º período de Educação Física. A jovem que sempre gostou de ensinar, não poderia ter escolhido outro caminho se não a licenciatura. Ela conta que estava sempre disposta a ajudar os colegas no ensino médio, e durante esse período, começou a entender a importância da educação física para a formação dos alunos.

Assim como Duany e Maicon, o primeiro contato dela com os alunos foi, acima de tudo, inspirador. "O estágio em si é desafiador. O primeiro que fiz foi de observação e notei algumas rotinas de professores que me incomodavam, o que me fez ter ainda mais vontade de dar aula. No segundo, quando comecei a atuar, começou o desafio de montar uma aula e ter controle da turma para que as atividades aconteçam. Com isso, comecei a me planejar mais e todas as vezes que eu estava em uma aula, sentia a necessidade de planejar mais, estudar mais e de estar sempre inovando", relembra.

Ao invés de desanimar com os desafios, presentes em qualquer profissão, Maiara encontra neles uma motivação a mais. E isso não esteve sempre presente nela, é algo que a jovem aprendeu durante a graduação. 

"Vejo o professor de Educação Física como um profissional que estuda muito e eu tenho vontade de mudar aquele estereótipo de que ele só entrega a bola. Nós estamos sempre querendo inovar, sair do tradicional e aplicar outros métodos de ensino. Eu vejo muito isso no núcleo docente do meu curso. Eles são muito unidos e sempre colocam os acadêmicos em primeiro plano, eles pensam sempre em nós. Eu acho muito bonito o quanto eles estudam para dar uma boa aula".

A vontade constante de inovar e se atualizar, comum a tantos acadêmicos de licenciatura, é reconfortante. Ver de perto o amor que os futuros professores têm pela profissão e a maneira como admiram seus mestres é um lembrete da importância que os professores têm para qualquer sociedade, de que o caminho para qualquer mudança, é a educação.

 

*Estagiaria sob supervisão de Gabriel Kreutz

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