Dia 04 de julho é uma data marcante para a Fundeste/Unochapecó e todo o Oeste catarinense. Foi neste dia, há exatamente 50 anos, que a região deu um passo muito importante para seu desenvolvimento ao trazer a educação superior para Chapecó. Em uma assembleia geral, com a presença de autoridades de 37 municípios, lideranças e representações de segmentos da comunidade,  constituiu-se, em 1970, a Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste), a mantenedora da nossa Unochapecó, do Instituto Goio-en e da Farmácia Escola. Foi a primeira instituição a atuar com ensino superior em Chapecó e uma das pioneiras de Santa Catarina. 

Lembrar da trajetória de sucesso da Unochapecó/Fundeste é motivo de muito orgulho para todos nós. Desde o dia em que foi fundada, por um grupo de visionários da época, seu propósito enobrecedor de trazer o ensino para mais perto da comunidade já seria por si só um ato a se celebrar. Afinal, antes disso, era necessário se deslocar a grandes centros para realizar uma graduação em curso superior. No entanto, sua criação vai muito além disso. A educação superior em Chapecó foi e continua sendo a grande propulsora do desenvolvimento de toda nossa região. Com a formação profissional e criação de soluções para os problemas da nossa comunidade, a Universidade vem deixando sua contribuição dia após dia para o futuro das próximas gerações. Uma marca que se tornou realidade na vida das pessoas, com o sucesso de profissionais e líderes regionais que promoveram a evolução da nossa comunidade e uma grande quantidade de empresas e negócios criadas em consequência da qualificada formação profissional adquirida no ambiente universitário. 

A Fundeste/Unochapecó, além disso, se diferencia das demais por sua característica comunitária. Isso significa que não há um proprietário que aufere lucros, e sim todos os recursos advindos das atividades da Universidade é investido nela mesma e revertido, por exemplo, em bolsas de estudo e na promoção de ações de extensão universitária, agindo ativamente na assistência social, no esporte, na cultura, na gestão, na tecnologia, na cidadania, na saúde, entre outras áreas. Com esse propósito, de que tudo retorna para nossa comunidade, milhares de pessoas já foram beneficiadas pela Instituição ao longo desses 50 anos, seja com a formação de qualidade de uma Instituição reconhecida com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC), ou na prestação de serviços ofertados de forma gratuita. Ao todo, já somamos mais de 38 mil profissionais egressos da nossa Unochapecó, ou seja, 29.157 na graduação, 649 nos Mestrados, e nas especializações já foram 8.225 formados.

Agora, entendendo que o mundo mudou, nós também vivemos esse período de transição. Nossas atenções estão voltadas na produção de ciência, tecnologia e inovação. Para isso, são vários projetos em andamento em nossos cursos, além da constituição da Rede de Inovação, dos mestrados, doutorados e do Parque Científico e Tecnológico Chapecó@. Esse último, em especial, será uma peça fundamental neste novo momento em que a Universidade consolida seu caráter empreendedor e inovador. Além disso, neste aspecto, para atender as mudanças que estão ocorrendo no mundo da educação, seguimos focados na introdução de metodologias inovadoras em sala de aula e na criação de cursos também na modalidade a distância, assim como fortalecemos o contato com o mundo afora, por meio de uma série de convênios internacionais. Tudo isso comprova que, mesmo após 50 anos, a Fundeste/Unochapecó segue na vanguarda.

Enfim… dia 04 de julho é o momento de lembrarmos com orgulho da caminhada da Fundeste/Unochapecó e também um dia de comemoração de toda a comunidade. Construir uma história de meio século não é para qualquer um, temos noção do quanto isso é representativo. Mas no caso da Fundeste/Unochapecó, talvez, seja pouco para tudo que ainda pretende entregar à comunidade. No contexto mundial das Universidades históricas, pode-se considerar que ainda estamos iniciando nossa caminhada, porém, sempre seguindo firmes nessa trajetória, acreditando que o conhecimento que produzimos é capaz de mudar o mundo. 

*Artigo escrito pelo reitor da Unochapecó, professor Claudio Alcides Jacoski, e pelo presidente da Fundeste, Vincenzo Francesco Mastrogiacomo