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Preço do cesto básico segue em alta em agosto

Mercado

O preço do cesto básico em Chapecó registrou aumento neste mês, a variação no custo foi de 0,31% em comparação a julho. Com isso, o consumidor chapecoense precisa de 1,41 salários mínimos para adquirir o cesto este mês. Em julho, eram necessários 1,40 salários mínimos. Esses dados são da pesquisa realizada mensalmente pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, em parceria com o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom). A pesquisa ocorreu nos dias 03 e 04 de agosto, em dez estabelecimentos comerciais de Chapecó, e considerou o consumo de famílias que recebem de um a cinco salários mínimos. 

Nessa pesquisa, a valor a mais no custo do cesto básico foi de R$ 4,55 para os consumidores. Em julho, o valor necessário para adquirir o cesto era de R$ 1.467,58 e neste mês é de R$ 1.472,13. Na comparação com os últimos doze meses, houve um aumento ainda mais expressivo no preço do cesto. Em agosto de 2019, o custo era de R$ 1.351,34, que representa uma elevação de 8,94% nos últimos 12 meses. 

Aumentos

O produto que apresentou a maior alta percentual de preço foi o pão francês (12,33%). A banana foi o produto com a segunda elevação percentual mais expressiva (10,46%). De acordo com o site da HF Brasil, o ritmo de colheita da fruta segue em queda pelo encerramento do período de safra, implicando em uma redução na oferta. Além disso, o ciclone que atingiu o Sul do país acabou atingindo extensas áreas produtivas da fruta no Norte de Santa Catarina, o que contribuiu para uma redução da oferta do produto. Com isso, a escassez do produto acabou gerando preços mais elevados.

Queda

O produto que apresentou a maior redução percentual de preço foi a batata inglesa (-31,58%). A redução de preços já era prevista e tem ligação com o início da safra de inverno e intensificação da colheita das secas, junto a uma demanda reduzida pelo quadro da pandemia. Dessa forma, esse excesso de oferta seria o responsável por diminuir as cotações. 

Ainda abordando as reduções, o segundo produto com queda percentual mais acentuada foi o repolho (-24,08%). É interessante notar que em julho o repolho havia apresentado uma elevação de 12,57%, que pode ter tido relação com efeitos negativos na produção pelo ciclone que passou pela região. Essa variação mais expressiva pôde ser alcançada partindo desse patamar de preço mais elevado de julho, juntamente à recuperação da oferta em agosto.

Grupos e subgrupos 

Ao analisar separadamente os grupos que compõem o cesto básico, o grupo dos produtos alimentares foi o que registrou a maior alta de preços. Neste mês, os preços dos produtos deste grupo alcançaram a soma de R$ 1.043,58 para os consumidores, representando um aumento de 0,38% em comparação a julho, também havendo aumento de 11,57% em relação a agosto de 2019. Dentro desse subgrupo, os produtos semi-industrializados registraram a maior elevação (2,98%), seguido pelos produtos industrializados (1,80%). Já os produtos in natura apresentaram a maior queda (-5,62%).

Para o grupo dos produtos não alimentares também foi registrada redução nos preços, com uma variação de -0,80% em relação ao mês anterior, mas havendo aumento de 8,93% comparado aos últimos 12 meses. Ao observar os subgrupos dos produtos não alimentares, se percebe que essa redução registrada tem relação com os produtos de higiene (-1,84%), enquanto o subgrupo dos materiais de limpeza registrou alta (0,61%).

Nos serviços tarifados, foi notado acréscimo nos preços depois de três meses consecutivos de redução. Neste mês de agosto, os itens deste grupo chegaram a um preço para o consumidor de R$ 313,11, uma variação de 0,47% em comparação a julho. O gás de cozinha foi o produto que mais contribuiu para este aumento, com uma variação de 0,99%, seguido pela energia elétrica, com uma variação de 0,76%, e por último a água, que permaneceu no mesmo preço do mês anterior.

Cesta básica

A cesta básica é a síntese dos preços de treze dos principais produtos que compõem o cesto básico. São eles: açúcar, arroz, café moído, carne bovina, farinha de trigo, feijão preto, leite, banana, margarina, óleo de soja, pão francês, batata inglesa e o tomate. Depois de dois meses de redução, o custo da cesta básica registrou elevação neste mês de agosto, apresentando a variação de 1,61% em relação ao mês de julho.

No mês anterior, a cesta custava R$ 343,15. Para este mês, o custo da cesta básica é de R$ 348,69. Em uma comparação com agosto de 2019, também se percebe elevação com uma variação de 9,28%. Apesar da alta no custo da cesta básica em agosto, os consumidores continuam precisando dos mesmos 0,33 salário mínimo que era necessário em julho para adquirir a cesta básica.

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