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Professor da Unochapecó participa da elaboração de plano diretor rural

Inovação

Texto Andressa Pomagerski*

 

Muito se fala sobre cidades inteligentes e planejamento da área urbana para melhorar a qualidade de vida da população que ali habita. E a área rural? Por muitas vezes, os planos diretores que regulamentam a ocupação do campo são muito superficiais e não atendem à demanda da região. Para mudar essa realidade, o professor do curso de Agronomia da Unochapecó, Celso Zarpellon, foi convidado a desenvolver o Guia de Elaboração e Gestão do Plano Diretor Municipal Rural em conjunto com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Esse projeto é inédito no país e serve como base metodológica para a elaboração de planos que determinam como será a ocupação e o desenvolvimento da zona rural. Também estabelece princípios e objetivos que preservam as qualidades ambientais, potencializam o turismo, o desenvolvimento da indústria e a produção agrícola do município. Com uma metodologia padrão, é possível sanar lacunas de outros regulamentos realizados de modos diferentes e sem critérios científicos.

Segundo o professor Celso, a motivação para criar esse manual é o fato de que os Planos Diretores, obrigatórios desde 2001 para municípios com população superior a 20 mil habitantes, conforme o Estatuto da Cidade, têm um enfoque muito urbano. O guia vem para complementar os planos já existentes com uma perspectiva rural. Ele relata que a criação desse produto foi um grande desafio e uma oportunidade de aprendizagem, principalmente em termos de legislação e de planos diretores. “Talvez o maior sentimento seja de realização e gratidão por essa oportunidade. Pude produzir algo com potencial para melhorar a qualidade de vida da população rural de maneira organizada e sustentável”, conta o professor.

O guia já está pronto e os municípios que devem receber o projeto-piloto ainda serão definidos pelo IICA. Essa fase é de extrema importância, pois permite verificar a eficácia do processo e modificar possíveis falhas antes de ser implantado em outras cidades brasileiras.

 

*Estagiária, sob orientação de Greici Audibert
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