Reflexão sobre urbanismo é tema de exposição na Galeria de Artes
Provocar uma reflexão e problematização sobre espaços urbanos de permanência, convívio, transição e de fluxo. Esta é a essência da exposição Espaços de (Im)permanência, da artista e fotógrafa Kelly Wednt. As obras ficarão disponíveis para a visitação até o dia 04 de setembro na Galeria de Arte Agostinho Duarte na Unochapecó.
A exposição conta com fotografias e desenhos que refletem as experiências da artista sobre mobilidade humana, observando as mudanças dos espaços que compõem a cidade de Pelotas, onde nasceu. Assim, ela produziu o que ela chama de “mapeamentos geoperceptivos de espaços experienciados”. Os desenhos, produzidos por ela entre 2013 e 2015, contemplam a imaginação e o olhar da fotógrafa sobre os espaços.
As fotografias e desenhos produzidos por ela são métodos que Kelly utiliza para criar uma memória dos lugares por onde passa. Porém, como artigos de arte, suas obras integram a memória coletiva das cidades. Ela compartilha também os mapas, convívios e afetos via cartões com QR-Codes, que podem ser adquiridos pelos visitantes. Através deles, ela expande as experiências e convida o público a reviver, ou até mesmo reinventar através das próprias percepções, os espaços públicos que a arte dela envolve.
Nas obras, ela evidencia a importância de espaços de lazer e convivência, que estão aparentemente abandonados e ofuscados pelos prédios. Segundo ela, estes são locais artísticos e pertencentes a construção da cidade. A exposição é um convite para observar o mundo como um local dinâmico e desafiador, e especialmente, um convite para reocupar os espaços coletivos que foram tomados pelo esquecimento.