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Seminário debate intolerância racial, religiosa e de gênero

Educação

Texto: Pâmila Capelli e Matheus Kraemer

 

O Seminário de Atualidades do curso de Jornalismo da Unochapecó, realizado de 17 a 19 de maio, tem por finalidade discutir temas atuais e de relevância para a formação dos acadêmicos. Debate assuntos relacionados à sociedade e ao seu contexto. Neste sentido, a escolha do tema intolerância direcionou a discussão deste ano aos eixos religioso, racial e de gênero.

Na primeira noite do evento, a temática foi intolerância religiosa, com a participação dos professores Myriam Aldana Vargas Santin e Elcio Cechetti. Um assunto que, segundo Elcio, é bastante desafiador. "A falta de conhecimento ou a falta de uma sensibilidade maior sobre o tema faz com que muitos casos passem despercebidos". O professor ainda ressalta que ter mais entendimento sobre o assunto nos faz ter uma visão que possibilita enxergar a realidade intolerante que há no Brasil. Já Myriam acrescenta que a intolerância religiosa interfere em ações cotidianas, econômicas, políticas e sociais. "Um bom exemplo é o uso de argumentos religiosos para a proibição do debate das questões de gênero nas escolas", lembra.

smeiTambém na primeira noite ocorreu o lançamento da 9º edição do Prêmio Jornalismo Ambiental, com o tema 'Meio ambiente e produção de alimentos'. Podem se inscrever estudantes de jornalismo e profissionais formados na área dos três estados do Sul do Brasil. O Prêmio está dividido em duas categorias: profissional e acadêmico. Cada uma possui quatro segmentos: impresso, rádio, TV e internet. O regulamento e resultados das últimas edições estão disponíveis no site da Unochapecó.

A intolerância racial foi o segundo tema debatido durante a programação. Segundo a palestrante Claudete Gomes Soares, professora da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), o assunto sensibiliza e provoca as pessoas a discutir com o intuito de problematizar e reverter a relação de poder entre negros e brancos, para  que todos tenham um tratamento igual. Ela comenta ainda que a mídia influencia de diferentes formas. "Além da falta de representatividade negra nos veículos de comunicação, as redes sociais têm se tornado um espaço no qual racistas usam para disseminar o ódio".

Na sexta-feira, durante o encerramento do Seminário, os convidados debateram a intolerância de gênero. O diálogo foi mediado pela diretora da União Brasileira de Mulheres (UBM) de Chapecó, Liliane Araújo, e pelo professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Marson Luiz Klein. Assuntos como o preconceito e mudança social nortearam as falas dos palestrantes. "A sociedade ainda precisa evoluir na questão da intolerância de gênero e a nossa região é bastante conservadora", afirma Liliane. Para o professor Marson, é necessária informação de qualidade e reflexão sobre a temática. "É extremamente importante discutir em qualquer espaço, mas no meio acadêmico, a Universidade em si, tem uma responsabilidade maior".

 

Análise do Evento

semiSegundo o coordenador do curso de Jornalismo, professor Vagner Dalbosco, esse tipo de discussão ajuda os futuros jornalistas nas abordagens no campo profissional e para que trabalhem de forma adequada e equilibrada esses temas. A coordenadora do evento, professora Angélica Lüersen, ressalta a importância de debater essas questões, pois possibilita que os acadêmicos ampliem o seu conhecimento e tenham a possibilidade de desenvolver um olhar mais crítico.

Para a acadêmica do curso de Jornalismo, Natália Viega de Souza, o Seminário de Atualidades é extremamente importante para a formação dos profissionais, principalmente por abordar assuntos que realmente estão em destaque. "A intolerância deve ser combatida com informação", reitera a estudante.

O Seminário de Atualidades é promovido anualmente desde 2002, com o objetivo de servir como suporte às demais disciplinas do curso. As temáticas abordadas nos eventos são escolhidas pelos alunos em conjunto com os professores.

 

*Estagiários da Acin Jornalismo, sob orientação de Ilka Goldschmidt.

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