Pela primeira vez, o Oeste catarinense recebeu o Seminário Nacional das Licenciaturas em Ensino Religioso. O evento, sediado pela Unochapecó nos dias 25 e 26 de abril, reuniu professores, pesquisadores e estudantes de várias regiões do país. Durante os dois dias, profissionais debateram questões que envolvem a prática do ensino religioso no âmbito educacional. Eles aproveitaram a ocasião para falar sobre uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que busca tratar o ensino religioso nas escolas de forma confessional, ou seja, ter as aulas ministradas por representantes de uma religião específica.

Entre os palestrantes, participou do Seminário o presidente em exercício da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, professor Ivan Siqueira, que abriu o evento. Ele afirmou que a decisão do STF preocupa bastante. "O ensino religioso deve ser visto do ponto de vista científico e ético, e não da religião enquanto uma escolha que cada um faz na sua família", explica.

O evento também tratou sobre a identidade pedagógica dos professores de Ensino Religioso a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada no ano passado. O debate considerou as diferentes experiências de formação inicial nesta área em todas as regiões do país. "O evento faz uma discussão sobre o ensino religioso na educação, trata de questões metodológicas, conjunturais e disciplinares. Mostra o caminho do ensino religioso no país", acrescenta o professor.

O 9º Seminário Nacional das Licenciaturas em Ensino Religioso é uma ação do Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (Fonaper), por meio da Rede Nacional de Licenciaturas em Ensino Religioso (Reler). O evento foi organizado pela Unochapecó, através do curso de Ciências da Religião, do Mestrado em Educação e do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, em parceria com o curso de Ciências da Religião da Furb e da Associação dos Professores de Ensino Religioso do Estado de Santa Catarina (Aspersc). Também recebeu o apoio de outras instituições regionais e nacionais.