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Uma motivação para a vida

Histórias

Texto Ícaro Colella*

 

Sexta-feira, dia 28 de junho de 2019, o professor do curso de Direito da Unochapecó, Felipe Migosky, estava na sala 319 do Bloco G3, para aplicação de uma prova final da disciplina de Direito Processual. Ele havia saído de casa com a confirmação da enfermeira de que não existia uma previsão concreta de nascimento do segundo filho, Lucas, naquele dia. Pouco depois de começar a aplicação da prova, ele recebeu uma ligação de que sua esposa Alvine estava no hospital, e que Lucas estava para nascer. O nervosismo foi enorme, e o professor deixou a sala de aula, supervisionada por uma auxiliar da coordenação, e incentivado pelos estudantes foi correndo para a maternidade, para viver aquele momento tão importante com a sua família. 

O segundo filho do professor Felipe nasceu em junho 

Como todo pai, no dia do nascimento do filho, Felipe estava tão nervoso que no trajeto para o hospital tentou gravar um áudio para o grupo dos professores, mas não conseguiu. Ele chegou na maternidade, desceu correndo do carro, e como que por instinto, achou o quarto do filho apenas seguindo o choro da criança. "Eu não consegui acompanhar o nascimento dele, por essa eventualidade, mas poder chegar lá e ver meu filho saudável, forte, perfeito, a minha esposa muito bem, foi algo maravilhoso", comenta.

Ser pai é conciliar várias atividades ao mesmo tempo, é algo intenso, ainda mais quando se é professor. Dormir pouco é comum nesses dois ofícios. Essa conciliação de tempo, de cuidar e dar atenção aos filhos, sem deixar de lado outras atividades, é o que mais muda na vida de quem se torna pai. "A questão do tempo muda muito, tempo para fazer outras coisas, para preparar aula, tem que fazer um milagre muita vezes e dormir menos ainda".

A paternidade para Felipe aconteceu quando ele já estava na Unochapecó. A escolha entre crescer profissionalmente ou ter um filho, conseguiu achar um meio termo para abraçar o desejo do casal. E deu tão certo que no mês em nasceu seu primeiro filho, o Davi, ele deu início ao Mestrado em Direito na Uno. ''Ter filhos foi algo que eu e minha esposa decidimos colocar como prioridade em relação a outras coisas. E mesmo assim eu sempre busquei adequar tudo, exercer a paternidade com desafios", ressalta.

No próximo domingo (11/08), é comemorado o Dia dos Pais. Para Felipe, os filhos são uma motivação para a vida, afinal, ser pai é um sentimento que motiva as pessoas a serem melhores. Ele sempre buscou ser um pai presente, viver essa experiência a fundo. Aqui na Uno, não é difícil encontrar pais que participam ativamente da vida dos filhos, e levam esse desafio com orgulho. 

 

Responsabilidade em dobro

A chegada das gêmeas Alice e Beatriz foi uma surpresa para Alexandre

O documentalista, que trabalha na divisão de gestão documental da Uno, Alexandre Luiz Dalagasperina, também teve uma surpresa, a dele não envolveu o dia do nascimento do filho, como o professor Felipe, mas sim, uma surpresa em dobro. Aos 33 anos, Alexandre foi pai de gêmeas, a Alice e a Beatriz. "Foi uma surpresa grande, você nunca espera que sejam duas, é tudo em dobro. Na hora do parto eu descobri a responsabilidade de que não era mais só eu e minha esposa".  

No primeiro ultrassom, devido ao horário do trabalho na escola onde dava aula, Alexandre não estava presente, e o seu pai acompanhou sua esposa. Ela contou, por telefone, e ele não acreditou, mas a ficha de Alexandre só caiu mesmo, no ultrassom seguinte que confirmou a vinda das meninas. A rotina mudou totalmente. Antes, o que era planejado para dois, hoje tem que se adaptar para quatro, uma família toda. Responsabilidade em dobro, mas também, motivo para muita felicidade em dobro. 

"Nós queremos crescer e fazer algo a mais para o futuro delas, que são a nossa motivação. Ao olhar para elas, eu penso no amor que tenho pelas coisas mais importantes da minha vida. Tudo que elas precisarem eu vou tentar fazer o máximo pra conseguir. Me sinto lisonjeado ter gêmeas e passar toda a batalha até agora. Hoje que elas estão com dois anos a gente percebe o carinho que elas também têm por nós".

 

Razão para crescer 

Os filhos muitas vezes são a motivação nos estudo e na profissionalização dos pais, que pensam em crescer na carreira e proporcionar mais qualidade de vida para eles. Por outro lado, muitas vezes a vontade em dedicar mais tempo para eles supera o desejo de crescimento pessoal. É um desafio grande escolher um dos lados, ou manter os dois ao mesmo tempo. "Quando a gente se torna pai, ficamos muito mais responsáveis, porque agora não é só por nós mesmos, mas por outra pessoa", comenta o estudante do segundo período de Produção Audiovisual da Unochapecó, Carlos Rafael Ribeiro Miranda de Souza.

Carlos tem uma filha, do seu primeiro casamento, Vitória, que está com 14 anos, e hoje ele está vivendo uma nova experiência. Sua esposa Angélica está grávida e ele terá outra menina. Quando ele tinha apenas uma filha, pensava que a vinda de um segundo filho dividiria o amor paterno, entretanto, mesmo antes do bebê nascer, esse pensamento já foi embora.

Carlos espera ansioso a chegada da sua segunda filha 

"O amor que nasce dessa relação pai-filho é tão amplo que ele abarca um filho, dois filhos, quantos vierem. Então eu não vou dividir o amor entre as minhas filhas, eu vou multiplicar". 

A expectativa para o pai é um mundo novo que nasce, é tudo novo, é um amor, que apesar de não ter relação direta com a criança, já existe. Carlos Rafael sente que enquanto ela está sendo formada no ventre da mãe, o sentimento dele é formado no coração. "Então é muito bonito, os planos, a gente já cria toda uma meta para vida, de como você vai educar, de como vai vestir, como vai dar o banho, é uma experiência muito boa".

Carlos trabalha durante o dia, estuda à noite e tem uma filha a caminho, muita coisa acontecendo em pouco tempo, e com tudo isso ele se considera feliz por ter novamente o prazer e a expectativa de passar por toda essa fase. ''Eu sempre fui um pai muito participativo, costumo dizer que a única coisa que eu não fiz foi amamentar. Banho, trocar fralda, dar de comer, levar para passear, todas as atividades que se tem com uma criança eu exerci, e exerço com o maior prazer, com maior alegria porque é muito satisfatório", finaliza.

 

*Estagiário sob supervisão de Gabriel Kreutz

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