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Uma playlist dos sons que compõem a Uno

Histórias

Texto: Gabriel Kreutz*


Sair caminhando pela Unochapecó é como se sentir em uma cidade. Claro, sem as buzinas e a presença dos veículos passando. Mas com muito som de gente. Tem quem solte o riso, sem pudor, e sempre tem aqueles que mudam o tom quando passa outra pessoa do lado. Não é incomum ouvir sobre alguma disciplina, o desempenho numa prova e as lamúrias do fim do semestre. Os corredores são assim, reflexos do que é vivido em sala de aula, mas tem muito mais a ser ouvido na Universidade.

De dia, os espaços de convivência não tem muita gente e as conversas que escutamos são as dos passarinhos. Frequentadores e moradores da Universidade, o som característico de cada espécie ganha destaque no ambiente universitário. Mesmo quem senta no Jardim das Artes em silêncio para estudar não consegue deixar passar despercebido a cantoria que vem deles, ora no chão, ora nas árvores.

Estas também marcam presença na playlist de sons que compõem a Uno. Além de servirem de sombra e abrigo para os pássaros, as suas folhas reagem com um som típico quando o vento se manifesta. Sentado embaixo delas numa tarde de sol, é possível ouvir cada estalar dos galhos, conforme a direção que o vento sopra no momento.

Nestes dias, sem muita gente e com bastante sol, o vento é protagonista da trilha sonora. Até mesmo nos lugares que nos permitem ficar em silêncio, é ele quem dá tom, harmonia e ritmo ao nosso dia. Ao mesmo tempo que ele se manifesta em nossos ouvidos, sentimos ele em todo o corpo e inspiramos sua pureza para sentir o momento.

Como a Universidade está sempre em movimento, as vezes escutamos barulhos de obras. Melhorias que são feitas na estrutura e no momento de realização não produzem sons agradáveis. Mas seu resultado final é transformado em benefícios para toda a comunidade acadêmica. Nos estacionamentos o barulho dos carros e das motos é predominante. Abre porta, fecha porta, dá partida, faz o ré.

Tem sons que nos fazem flutuar, assim como tem uns que provocam muita raiva. Ouvir um mosquito zumbindo no ouvido durante a noite, para mim, é o som mais irritante do mundo. É pior ainda pois sabemos quem está fazendo o barulho, porém, dificilmente conseguimos pegar o baderneiro. Na outra ponta da régua de emoções causadas pela audição está aquela música preferida, que faz nosso coração bater mais forte e traz à mente lembranças e sentimentos. Porém, quando estamos na graduação, ouvir a palavra aprovado após uma banca de avaliação de um trabalho de conclusão de curso é o som mais desejado, que faz valer a pena toda uma trajetória.

Se permitir escutar além do que ouvimos todo dia é uma tarefa difícil, mas sair da rotina é uma experiência gratificante. Se atente à quantidade de sons que escutamos durante o dia. Desde o barulho do despertador ao acordar, o movimento no trânsito, aquela música ou propaganda na rádio. Na Universidade não é diferente, tem aquelas vozes e sons que distinguimos automaticamente, mas tem muito mais coisas fantásticas gritando ao nosso redor. Basta andar com os ouvidos atentos e a imaginação livre.

 

*Jornalista do Núcleo de Produção de Conteúdo (NPC) - Unochapecó
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