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Unochapecó como incentivadora da pesquisa acadêmica

Educação

Texto Ana Paula Dornelles*

 

A produção de novos conhecimentos é um processo possível, que se torna realidade, inclusive, por meio de pesquisas. E é justamente no meio universitário que a pesquisa ganha vida, em todas as áreas e com diversas temáticas. A Unochapecó, há muito anos, contribui para a produção desses conhecimentos, auxiliando no desenvolvimento social, pessoal e profissional de cada pesquisador.

Para o pró-reitor de Pesquisa, Extensão, Inovação e Pós-Graduação da Unochapecó, professor Leonel Piovezana, a pesquisa é o caminho do desenvolvimento e da revolução, e a Unochapecó vem se dedicando cada vez mais a ela. "A pesquisa está acontecendo na Universidade, ela vem se posicionando, seja nas áreas sociais, ambientais, colocando também as questões econômicas e industriais. Tudo é possível pela pesquisa e há um potencial muito grande na região. Então esse é o nosso caminho", comenta.

Com o intuito de fortalecer o poder e a importância que a produção científica possui, a Unochapecó conta, atualmente, com 42 grupos de pesquisa, que destinam-se a diferentes temáticas e áreas de interesse. Além disso, os pesquisadores podem contar com modalidades de apoio oferecidas pela Universidade, que possibilitam a qualquer estudante o acesso à pesquisa. São elas: PIBIC/CNPq, PIBIT/CNPq, PIBIC/FAPE, PIBIC-IC/CNPq, Uniedu, Art.170, Pesquisador Júnior Voluntário (PJV) e Fundo Newton.

Uma outra importante missão que a Unochapecó cumpre em prol da pesquisa e com foco no seu corpo docente é a possibilidade de capacitações. Dessa forma, os professores têm a oportunidade de pesquisar no exterior e posteriormente trazer o conhecimento adquirido para dentro da Universidade. "Nós temos as portarias e resoluções que permitem que os nossos professores saiam para fazer um tipo de qualificação, até para melhor qualificar as suas pesquisas. Então tem diretrizes de apoio para pós-doutoramento integral ou parcial. Internamente, temos também as portarias de apoio para a participação de eventos nacionais e internacionais e para a produção bibliográfica nacional ou internacional", explica o diretor de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu da Unochapecó, professor Claudio Machado Maia.

A Universidade também organiza diferentes atividades voltadas para a valorização da pesquisa no meio acadêmico. Um grande exemplo é o Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe) que acontece na Unochapecó. Para ter uma ideia da força e do reconhecimento que o Seminário vem alcançando, na última edição o evento teve recorde de inscritos, totalizando 550 inscrições.

 

Dê olho nos riachos

Um exemplo de pesquisa em desenvolvimento na Universidade é o projeto denominado 'Processos ecológicos na avaliação de impactos: monitoramento ambiental, gestão de recursos hídricos e divulgação da ciência à serviço da segurança hídrica', que tem à frente o professor do curso de Ciências Biológicas e do Programa de pós- graduação stricto sensu em Ciências Ambientais da Unochapecó, Renan de Souza Rezende. O objetivo do projeto, de acordo com o professor, é estudar o efeito nocivo da silvicultura e agricultura nos riachos. A pesquisa em questão é apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com um incentivo de 200 mil reais, e será desenvolvida até o ano de 2020.

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Para que o projeto ganhe vida, a primeira ação em desenvolvimento é o estudo de um inseto chamado de Trichoptera, do gênero Phylloicus, que vive nos riachos, se alimenta e faz suas casas de folhas. Para isso, foram espalhadas duas redes pela Universidade, com o intuito de coletar folhas. "Estamos criando os insetos em microcosmos para fazer alguns experimentos. Também estamos pegando folhas no campus, que normalmente estão em mata ripária, um tipo de vegetação presente próximas a corpos da água, para comparar com efeito de folhas de Eucalyptus Pinus. Vamos fazer, também, experimentos em Palmas, no estado do Paraná. As folhas coletadas serão colocadas também em riachos e depois iremos trazê-las para avaliar qual os invertebrados que estão se alimentando e participando desse processo", explica o professor.

Quem também está envolvida nesse projeto é a acadêmica do Mestrado em Ciências Ambientais, Gabriela Galeti. De acordo com ela, o projeto pode ser considerado universal, pois possibilita que estudantes com outras pesquisas em desenvolvimento possam participar do processo. "O projeto veio para agregar muito na questão do laboratório, com recursos e com diferentes pesquisas dentro de um mesmo projeto. Para nós, estudantes, ele está sendo fundamental", pontua.  

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No caso da acadêmica, sua pesquisa refere-se à diversidade taxonômica e funcional  de aranhas dentro das zonas ripárias, que corre o leito dos riachos. "A gente vai avaliar o impacto de diferentes usos de terra. Essas coletas serão feitas em uma reserva que possui plantação de pinus e eucalipto, criação de gado, pasto exótico e monocultura. Com isso, avaliaremos como esses diferentes usos de terra podem estar afetando esse grupo específico", explica.

Nessa pesquisa, as redes citadas anteriormente também serão utilizadas, em conjunto com as folhas coletadas, para inseri-las durante um certo período em riachos e posteriormente avaliar a decomposição e a forma como os organismos estão influenciando nesse processo.

Em resumo, pode-se destacar que a pesquisa beneficia não só o pesquisador, reconhecido pelo trabalho desenvolvido, mas também toda a comunidade. "A pesquisa mostra que todos podem e devem participar da sociedade. Possibilita um mundo melhor para as pessoas, em todas as questões. A gente acredita nisso, que a nossa função também é essa, ampliar ideias, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas", finaliza o professor Leonel Piovezana.

 

*Estagiária, sob supervisão de Jessica De Marco
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