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Unochapecó realiza exibição de documentários na comunidade indígena Guarani

Cultura

Texto Ionara Virmes*

 

Em parceria com o Conselho Indigena Missionário (Cimi), da Rede Latino Americana de Diálogos Decoloniais e Interculturais (Redyala), e o curso de Produção Audiovisual da Unochapecó, por meio do projeto de extensão Cineclube Helena leva, pela primeira vez, o cinema para uma comunidade indígena da região.

O documentário abordou as celebrações do povo Arapoty

No primeiro sábado do mês (04/12), o povo Arapoty, da comunidade indígena Guarani, assistiu à estreia do documentário 'A percepção do Tempo Kairós através da Cultura Indígena'. Ele foi idealizado pelo estudante de Produção Audiovisual, Adriano Gonçalves, sob orientação da professora Cláudia Battestin na pesquisa contemplada nos editais 08/REITORIA/2020 e 087/REITORIA/2019. A professora relata que o curta foi gravado na comunidade e objetivou apresentar o povo e sua relação com o tempo e a natureza.

"As gravações foram realizadas durante esse ano, em diferentes momentos com a comunidade Guarani. Participamos de rituais, momentos de coletividade, celebrações, manifestos, e fomos observando como a temporalidade estava presente nestes momentos, como o tempo kairós estava mediado com o tempo chronos", conta Cláudia.

Ela também revela que houveram dificuldades para levar a atividade até a comunidade, já que esta não possui energia elétrica. Mas, com a ajuda dos parceiros, foi possível a exibição. Assim, a noite foi muito bem recebida, em especial pelas crianças, que até então, não tinham assistido nenhum produto audiovisual.

 

O projeto

O termo 'Tempo Kairós', que dá o nome ao documentário, vem do grego e conceitua o 'atemporal', o momento oportuno e de informalidades dentro do cronológico (Chronos), traduzindo, então, as celebrações do povo. Ainda em dezembro, todos poderão conferir essa produção, que será disponibilizada no Youtube da Redyala.

Também foram exibidos outros documentários sobre a cultura indigena e curta-metragens de animação e músicas, estes apresentados pelo mestrando em Educação, Bernard Dariva. "Poder retornar para a comunidade em que foi realizada a pesquisa, e mostrar o resultado, é nossa obrigação enquanto pesquisadores éticos e comprometidos com a práxis", finaliza a professora.

 

*Estagiária sob supervisão de Gabriel Kreutz

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Indigenas
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Arapoty

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