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Unochapecó recebe 1º Seminário de Patrimônio Cultural Imaterial

Cultura

Texto Juliane Bee*

 

A palavra tradição vem do latim tradere, que significa passar adiante. Através dela, é possível preservar a cultura de um povo e manter viva sua identidade. Este e outros assuntos serão discutidos durante o 1º Seminário de Patrimônio Cultural Imaterial: Talian e Produtos Coloniais, que acontece na Unochapecó no dia 26 de setembro, no Bloco R, a partir das 8h. As inscrições podem ser feitas até quarta-feira (20/09), no site da Universidade.

O evento é uma parceria entre a Unochapecó, através do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (Ceom), a Epagri, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Comitê da Língua Talian. O Seminário contará com mesas-redondas e palestras e o primeiro tema escolhido para debate é a língua Talian e os produtos coloniais.

O Talian é uma língua vinculada historicamente aos dialetos provenientes do Norte da Itália, mas com características próprias, adquiridas no Brasil, que a diferem da matriz original. O idioma nasceu na serra gaúcha e se espalhou pelo Rio Grande do Sul, Oeste de Santa Catarina, Paraná e em alguns municípios do Mato Grosso e Espírito Santo. Dados indicam que o Talian é falado por aproximadamente 500 mil pessoas no Brasil.

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Para a representante do Comitê Gestor da Língua Talian, Nedi Terezinha Locatelli, o reconhecimento do idioma como patrimônio cultural imaterial abre portas para a consciência da identidade histórico-cultural dos imigrantes e seus descendentes no Brasil. "O idioma não exclui suas diversas raízes italianas, mas o reconhecimento como Língua de Referência Cultural Brasileira emancipa a história e a cultura construídas aqui", afirma.

Segundo a técnica em Educação Patrimonial do Ceom, Aline Bertoncello, o seminário também vai proporcionar discussões que visam a difusão e a valorização de produtos coloniais, como queijo e salame, considerados bens imateriais da região. "O objetivo é incentivar a economia criativa e a inclusão de agricultores familiares aos mercados de produtos alimentares, por conta de sua qualidade diferenciada", explica.

 

*Estagiária, sob a supervisão de Greici Audibert.
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Tradicao
Seminario de de patrimonio cultural imaterial
Ceom

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