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Volta às aulas traz novidade no sistema de avaliação da Unochapecó

Inovação

Texto Andressa Pomagerski*

O sistema de avaliação da Unochapecó mudou. A partir do segundo semestre um novo modelo será implantado. A média final necessária para aprovação do aluno passa a ser seis e a temida G3 não tem mais espaço. A extinção do exame final e a reformulação do modo de avaliação busca elevar o nível da qualidade acadêmica.

Segundo o diretor de Ensino da Unochapecó e um dos criadores do projeto, professor Hilario dos Santos Junior, rever o sistema de avaliação era uma vontade antiga da Instituição. O formato usado até o momento já apresentava alguns problemas por ser um método muito engessado. "Começamos a trabalhar no ano passado. Formamos uma comissão da qual participaram representantes de todas as áreas, além de três professores do Mestrado em Educação."

O grande desafio nessa mudança era encontrar um sistema de avaliação justo, que atendesse a todos. Para Hilário, se fosse estabelecido algo engessado, como era o antigo sistema, havia o risco de ser injusto com alguma área, já que cada uma delas possui suas particularidades e métodos mais eficazes de avaliar os alunos.

 

Reformulação

O processo de mudança durou cerca de sete meses. Nesse tempo, muitas pesquisas foram feitas, inclusive estudos sobre a forma de avaliação de outras instituições referência em ensino. O primeiro ponto notado foi justamente a extinção do exame. Hilário explica outro ponto que pesou para essa alteração, o fato de que, por conta do calendário apertado, a G3 acontecia em um período que seria para aula. Isso se tornava um erro, por diminuir o tempo de aprendizagem.

Para a diretora do Apoio Acadêmico, Lúcia Chaise Borjes, a média sete era enganosa. "Quando o aluno ia para a G3, o cálculo da média era refeito pelo sistema e ele precisava apenas alcançar a nota cinco. Com isso alguns alunos poderiam se acomodar, porque sabiam que em últimos casos existia o exame. Mas agora isso não acontece mais."

O projeto traz como legado a democracia. Depois de pensado um modelo inicial, grupos focais foram organizados com professores de todas as áreas da Universidade. As reuniões serviram para entender as demandas dos docentes e ver se o protótipo atendia às necessidades. Muitas ideias surgiram nesses momentos, que foram avaliadas e postas em prática.

De acordo com o professor Hilário, a implantação do sistema ficou para o segundo semestre justamente para que houvesse tempo de organizar todos os detalhes. "Treinamos os professores, o diário de classe foi ajustado e também a forma como ele aparece para o professor e para o aluno."

Mesmo tendo como ponto de partida a análise de outras Instituições de Ensino Superior, o modelo adotado pela Unochapecó é inovador. O sistema deixa de ser algo engessado e passa para uma total mobilidade. O professor pode montar as avaliações da disciplina como achar mais conveniente de acordo com aquele conhecimento que ele está repassando.

 

Entenda o que mudou

As antigas letras G que apareciam quando o estudante olhava seu desempenho ao decorrer do semestre foram substituídas por outra letra do alfabeto, mais especificamente a primeira delas, A. Agora a avaliação consiste em três médias, A1, A2 e A3, que juntas formam a média final.

Em disciplinas com quatro créditos ou mais, os valores de cada uma das letras A's na composição da nota final podem variar de 20 a 60%. O peso de cada uma fica a critério do professor. A A1 deve ser realizada no primeiro terço do semestre, a A2 no segundo e a A3 no fim da matéria. O número de trabalhos e o quanto eles vão valer em cada uma das médias também é escolha do professor.

Mas alguns componentes curriculares possuem menos de quatro créditos e, consequentemente, uma quantia menor de aulas. Para esses casos o sistema sofre uma alteração. Existem apenas A1 e A2, e o peso de cada uma na média final deve ficar entre 40 e 60%.

O objetivo é fechar média seis depois de realizar todas as avaliações. Mas toda regra tem uma exceção. Nas disciplinas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e Estágio Curricular Obrigatório fica a critério dos cursos aprovar alunos com a média seis ou aumentá-la para sete.

Nesse novo sistema a participação do estudante continua importante. O plano de ensino será debatido em sala de aula entre estudantes e professores, visando buscar a melhor forma de ajustar as avaliações ao decorrer do semestre.

 

*Estagiária, sob orientação de Greici Audibert

 

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