Rafaela Lasta é estudante do 6º período do curso de Odontologia da Unochapecó e através da bolsa de Iniciação Científica ela utiliza o conhecimento adquirido em sala de aula no desenvolvimento de pesquisas que beneficiem a comunidade. A acadêmica apresentou a pesquisa intitulada “Levantamento epidemiológico e autopercepção da saúde bucal de idosos usuários da Cidade do Idoso de Chapecó - SC - Resultados preliminares”, no VI Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade, que ocorreu entre os dias 21 e 23 de novembro, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes.

Assim como o trabalho de Rafaela, outros 74 foram aprovados para a modalidade apresentação oral, e outros 171 na modalidade pôster, um número recorde em todas as edições do evento. De acordo com a diretora de Pesquisa e Pós-graduação Stricto Sensu e coordenadora do evento, professora Carolina Barreta, esse é um momento de socialização de pesquisas de iniciação científica, dos Trabalhos de Conclusão de Cursos (TCCs) e das atividades de ensino e extensão que ocorrem em toda Instituição. “É uma atividade importante pois mostra aquilo que é feito dentro da Unochapecó. Estudantes e professores têm a oportunidade de trocar experiências e se prepararem para apresentações e ter um momento de confraternização”.

A sexta edição do Seminário contou com duas novidades principais. A primeira foi a presença de bolsistas de produtividade científica do CNPQ na avaliação das apresentações orais. “Com a contribuição da avaliação deles, que são avaliadores externos, e dos avaliadores institucionais, os bolsistas vão pensar melhorias para aplicar futuramente em seu trabalho ou em suas atividades da graduação”, explica Carolina. Neste ano também os três melhores trabalhos na modalidade apresentação oral receberam o prêmio Mérito Científico, que tem o propósito de estimular o estudante a fazer iniciação científica e atividades de extensão, além de desenvolver outras iniciativas de pesquisa e ensino.

Experiência em pesquisa

A trabalho apresentado por Rafaela é resultado parcial de uma pesquisa que iniciou em março e tem duração de um ano. “Nesse período em que a pesquisa foi realizada, os principais resultados obtidos são que a saúde bucal dos idosos participantes está precária, com altos índices de CPOD, que avalia a quantidade de dentes cariados, perdidos e obturados. Avaliamos também questões periodontais e lesões bucais, que estavam presentes em quase todos os avaliados”. A estudante também destaca que os resultados identificam a necessidade de próteses dentárias, e que a autopercepção de saúde bucal não correspondeu com a saúde bucal analisada.

“Na verdade não são só os 15 minutos da apresentação, são horas, dias e meses de pesquisa que o apresentador se prepara. Através do Seminário temos contato com diversas áreas do conhecimento, não somente a que você estuda, e essa discussão é importante também para a melhoria dos trabalhos e para inspirar novas pesquisas”, ressalta a estudante.

A professora da área de Ciências da Saúde e do mestrado em Ciências da Saúde, Maria Assunta Bussato, que participou do evento como avaliadora das apresentações orais, e acompanhando trabalhos apresentados junto com orientandos, resume o Seminário como uma marca registrada da Universidade, de extrema importância para quem apresenta e para quem assiste. “O estudante que apresenta uma pesquisa aqui é observado por outros acadêmicos que talvez não tiveram a oportunidade de participar de algum projeto, e isso deixa eles curiosos. Seguramente eles buscarão participar de projetos de pesquisa e apresentar trabalhos desenvolvidos em aulas em eventos”.

Assunta assinala que o desenvolvimento de pesquisas e a participação no Seminário contribui muito para a formação acadêmica dos futuros profissionais. “O estudante que participa de um projeto de pesquisa e extensão se forma diferente daqueles que não participaram. Ele sai da graduação com um olhar diferente dos alunos que não têm essa oportunidade”, conclui.