Ideias surgem nas horas e lugares mais mirabolantes. No banho, em uma atividade qualquer do dia a dia e às vezes até mesmo em um sonho. No caso de Orieta Espíndola, a ideia de escrever um livro veio de uma lembrança de infância. Algo que marcou sua vida e que ela fez questão de registrar. "Quando eu era pequena minha mãe sempre começava a contar uma história que caia do teto uns esqueletos. Contava só isso, nada mais. Sempre fiquei frustrada porque não tinha continuação essa história. Anos depois decidi escrever um livro sobre isso", relata. A obra, 'A estranha casa da tia Naná', foi lançada na terça-feira (30/10) durante a programação da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, organizada pela Biblioteca da Unochapecó.

Além dessa obra, a escritora chapecoense lançou o livro 'Lili, a sonhadora'. A programação também contou com o lançamento do livro 'Infidelidades e ciladas do amor', da autora Yara Mara de Castro, e a palestra 'O que nos faz publicar um livro', com o escritor Luiz Gheno. As atividades aconteceram em um ambiente especial, no Jardim das Artes da Unochapecó. O espaço em frente à biblioteca, inaugurado recentemente na Universidade, tem também a proposta de receber diversas ações culturais.

Segundo a bibliotecária Jackellynni De Barros, o objetivo da Unochapecó é criar cada vez mais eventos culturais que estimulem o hábito da leitura e que tragam as pessoas para dentro das bibliotecas. "Hoje temos um novo formato de biblioteca, não é mais apenas aquele acúmulo de livros, agora ela é mais voltada para o estudante, para que ele tenha um novo olhar sobre esse espaço", acrescenta.

Outras atividades integraram a programação da Semana. Na segunda-feira (29/10), teve início a montagem do quebra-cabeça coletivo, de mais de quatro mil peças. Na sequência, aconteceu o 'Sarau primavera', com a participação de membros da Associação Chapecoense de Escritores (ACHE). Também, teve música ao vivo com Rafael Tavares.