Na sexta-feira, dia 15, os acadêmicos do curso de Gastronomia tiveram uma aula inaugural com o Chef de cozinha e professor Daniel Augusto Heerdt de Paiva. O profissional relatou sua trajetória de vida e falou sobre os dilemas da profissão. Daniel é vice-coordenador do curso de Gastronomia e professor na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), ele atua há nove anos no mercado gastronômico.

A coordenadora do curso de Gastronomia da Unochapecó, professora Marta Nichelle do Amaral, afirma que esse tipo de atividade educacional permite aos acadêmicos conhecer a experiência de profissionais já inseridos no mercado, através do relato de vida acadêmica e profissional. Os estudantes são instigados a projetarem sua trajetória acadêmica e futuro profissional. “Aos acadêmicos que entram esse momento serve de motivação e aos que estão se formando como expectativa do que eles encontrarão no ambiente profissional”, comenta.

Daniel tem experiência em Cozinha Oriental e Confeitaria, dois segmentos em grande ascensão em Chapecó – especialmente o oriental. “Temos percebido o aumento de profissionais que trabalham nessas áreas e também a procura por esses tipos de alimentos. O mercado de restaurantes com profissionais especializados também expandiu no município, essa mudança foi causada pelo novo perfil do egresso, que se lança ao empreendedorismo", completa a professora.

O Chef observa que esse contato com os acadêmicos é uma tentativa de mostrar a eles os desafios do mercado gastronômico. Em razão de sua experiência, Daniel busca aconselhá-los sobre o que deveriam fazer e buscar, enquanto acadêmicos, depois o que os formados em Gastronomia – e não chefs de cozinha, como enfatiza Daniel – encontrarão como profissionais e o que poderão conseguir, se forem determinados. “O mercado é competitivo e por vezes ingrato, porque não remunera bem, glamoroso para alguns e de muito trabalho para outros. Ainda somos comparados muito a alguém que não possui conhecimento técnico. Embora isso faça muita diferença, pois um cozinheiro simplesmente reproduz aquilo que aprendeu, já um tecnólogo sabe o que faz, pode alterar aquilo tendo conhecimento químico e físico do alimento”, esclarece Daniel.