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Congresso Internacional promovido pela Unochapecó recebe grandes nomes nesta segunda a terça-feira

Geral

O Congresso Internacional Inovação Aberta na Indústria de Alimentos iniciou em Chapecó na manhã desta segunda-feira, 4 de novembro. O evento apresenta para debate a proposta de um novo conceito a ser empregado na área de maior movimentação econômica na região, as agroindústrias. Entre os temas trabalhados pelos profissionais se destacam a utilização de laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e instalações, pesquisa e desenvolvimento (P&D), prestação de serviços, licenças de direitos de propriedade intelectual e transferência de tecnologia.

O congresso é organizado pela Unochapecó, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Escola Superior da Magistratura do Estado de Santa Catarina (Esmesc), Universidade de Beihang, da China, e Universidade de Maastricht, da Holanda. Com a participação de grandes nomes nacionais e internacionais o evento tem como objetivo fomentar a discussão sobre os desafios, tendências de contratos, cláusulas, efeitos e problemas da inovação aberta. A programação tem continuidade nesta terça-feira, dia 5, e contará com a presença de representantes de universidades cubanas e colombianas.

Conforme o coordenador do Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica  (Nitt) da Unochapecó, Radamés Pereira, as indústrias de alimentos da região Oeste têm como tradição o emprego da Inovação Fechada, que realiza pesquisa e desenvolvimento de produtos para lançar no mercado, dentro das suas próprias estruturas de laboratório e pessoal. De acordo com Radamés, a Unochapecó, como as demais universidades, possui grandes investimentos e potencial para auxiliar nestes projetos. “A Inovação Aberta se caracteriza quando as pesquisas são trazidas para a universidade em parceria com as empresas, respeitando os termos de confidencialidade e contitularidade de copropriedade intelectual. Esta é uma tendência mundial já que por meio de convênios fica mais fácil captar recursos para subsidiar os estudos que normalmente envolvem muitos custos”, indica.

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A Inovação Aberta, segundo Anselm Kamperman Sanders, da Universidade de Maastricht, da Holanda, é uma frase de efeito que pode ser interpretada de muitas formas. De acordo com ele, as universidades têm como princípio o desenvolvimento de pesquisas, mas elas deveriam procurar parceiros dentro das indústrias para fazer essa colocação no mercado. “É justamente no meio entre o laboratório e a parte mercadológica que ocorre a Inovação Aberta. Esse conjunto de interação entre as empresas, governos e institutos de pesquisa viabiliza a troca de informações e plataformas, para que se possa detectar novas estratégias”, completa. Destaca, ainda, que este conceito pode ser considerado um meio campo entre a Inovação Fechada e a financiada pelo governo, que não tem nenhuma proteção de propriedade intelectual. No Brasil esta pode ser uma ferramenta muito útil para que as principais companhias tenham uma base econômica mais sólida e que as pequenas consigam expandir.

Novas perspectivas

O diretor de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (Senai), Antônio José Carradore, expôs alguns dos investimentos da instituição em inovação. De acordo com ele, o Senai, em âmbito nacional, está implantando 86 institutos de tecnologia e inovação, 10 deles em Santa Catarina e um, voltado para  em alimentos e bebidas, em Chapecó. A partir desse projeto, foram identificadas questões como as demandas futuras e o caminho que o segmento de alimentos esta seguindo na região. Em cima disso foram estruturadas diversas plataformas tecnológicas. Entre elas se destaca a segurança em alimentos. “Dada a produção de alimentos que existe hoje no mundo, o avanço das pesquisas e desenvolvimento de novos produtos, entendemos que a segurança alimentar deve prevalecer acima de tudo”, declara. O Senai pretende, ainda, firmar parceria com outras instituições, para dar respostas mais efetivas às indústrias.

Quem também fez parte da mesa-redonda foi Joviles Vitório Trevisol,  representando a  Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Para ele, a inovação hoje é um tema central para todos os setores, tanto privado quanto público. “É difícil hoje ir adiante, organizar a sociedade e também a economia sem investir em inovação. É preciso ser inovador para se manter em funcionamento no mercado, por que o mundo está em constante mudança e a tendência é acelerar cada vez mais. É um tema fundamental para sociedade e, é muito importante que seja debatido na universidade, para que ela também se posicione de uma maneira inovadora. Afinal, as instituições de ensino superior não são as únicas detentoras da ciência e da tecnologia no mundo, elas precisa compartilhar e também aprender com outros setores da área”, argumenta. 

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