É “apenas” a fotografia de um cachorro. Com olhar simples e carinhoso, sem pretensões ou pedidos. Mas essas qualidades foram suficientes para chamar a atenção de um crivo exigente e fazer com que a singela foto fosse publicada em uma das maiores revistas de fotografia do Brasil.

O estudante, do 8º período de Publicidade e Propaganda da Unochapecó, Bruno Silva sente-se orgulhoso, e não é por menos, a fotografia tirada de sua mascote Tunico foi publicada na Fotografe Melhor (edição nº 217, ano 19 de outubro/2014), uma das revistas mais importantes do segmento. O periódico possui uma seção onde leitores e fotógrafos podem enviar até três imagens conforme os parâmetros editoriais. Depois disso, as fotos são analisadas e publicadas conforme critérios determinados pela própria revista.

Bruno – que já publica seu trabalho em dois sites, no 500px e no ViewBug – mergulhou no mundo da fotografia há quatro anos. Os dois primeiros, registrando por lazer, fazendo alguns ensaios e ajudando fotógrafos profissionais. Incentivado por amigos e pelo próprio cachorro, o estudante dedica parte de seu talento aos animais de estimação e já iniciou um projeto com essa temática. Além disso, busca inspiração em fotógrafos como Valter Patrial, Adriano Gonçalves, Clark Little, Abdul Rani e Sebastião Salgado que, como Bruno diz, são “pessoas fantásticas que possuem um olhar especial”.

O jovem ficou muito feliz quando soube que sua fotografia seria publicada. “Muita gente viu meu trabalho e minha evolução durante os 'clicks' e agora, em uma revista respeitada no ramo, foi muito bacana”. Mas não acaba por aí, o estudante acredita que essa publicação é um elemento importante para sua bagagem. “É um fator motivador e grandioso para manter meus projetos em andamento. E a revista acabou proporcionando outras matérias que vêm gerando reconhecimento do pessoal, até de quem ainda não conhecia meu trabalho”.

O outro lado da imagem

Tunico tornou-se uma estrela e aproveita seus “quinze minutos” de fama. Como Bruno descreve, a pose foi espontânea, aproveitando a luz natural em um horário (entre as 12h e 13h), que segundo alguns profissionais não é favorável, pois a luz gera sombras desagradáveis. Porém, ele soube utilizar bem essa a situação e não fez feio. Além do mais, Bruno não se preocupara com isso, para o jovem existe algo além da técnica. “Acho que o olhar do cão nesse momento só fez parte do contexto principal que é o sentimento passado pela foto. Eu procuro no olhar do cão algo a mais, um momento de alegria, tristeza, desconfiança, satisfação. E eles sabem representar isso de uma maneira singular e perfeitamente pura”, completa.