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Ceom promove oficinas sobre a Guerra do Contestado

Cultura

O Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM) da Unochapecó participa novamente da 10ª Primavera dos Museus, semana cultural organizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Neste ano, a exposição contou com parceria do Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) e abordou o tema “Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas”.

A exposição abriu no dia 2 de setembro e recebe visitas até dezembro, no hall de entrada do Ceom, localizado no 2º piso do Terminal Rodoviário. Além das obras, na última quarta-feira aconteceu uma palestra e capacitação para 40 professores da rede municipal de ensino. O evento foi ministrado pelo professor Delmir José Valentini, que é escritor e autor do livro “Memórias da Lumber e da Guerra do Contestado”.

 

Sobre a Guerra do Contestado

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Entre os anos de 1912 e 1916, a região do Contestado, cujo território era alvo de disputas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da história do Brasil. Juntou-se à questão das fronteiras, o aparecimento de um surto messiânico, influenciado pelo grande número de pessoas sem terras e sem emprego na região. Eram ex-camponeses, expulsos de suas terras para a implantação de uma madeireira, e ex-operários da estrada de ferro Brazil Railway, que trabalharam na construção e se viram sem trabalho com o fim do empreendimento.

Nesse cenário, surgiram profetas e monges pregando ideais de justiça, paz e comunhão, indo de encontro ao autoritarismo e à ordem republicana vigentes. Preocupados com o crescimento do movimento popular, os governos estadual e federal começaram a agir contra a comunidade, com o envio de tropas militares para a região. Os sertanejos resistiram à ação da artilharia pesada do exército até 1916.

A Guerra do Contestado colocou em evidência, pela primeira vez no Brasil, temas fundamentais do mundo contemporâneo: ecologia, liberdade religiosa, posse da terra e contestação de relações sociais arcaicas em pleno século XX. Teve grande influência nos rumos tomados pela sociedade catarinense no presente e deixou cicatrizes perduram até hoje.

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