texto: Deisiana Damarat *

Com o objetivo de estimular a prática jornalística, a atividade integrada, entre todos os semestres do curso de Jornalismo na Unochapecó, foi realizada no dia 02 de outubro, com a cobertura do primeiro turno das Eleições 2022. Os alunos foram divididos em dois turnos, sendo o matutino das 07h45 às 12h30, e o vespertino das 12h30 às 17h15. Estudantes e professores que votaram no município de Chapecó atuaram presencialmente no QG organizado na Acin Jornalismo e na cobertura externa. Já os acadêmicos votantes de outras cidades da região participaram através de coberturas externas referentes aos seus respectivos municípios.

A proposta da aula foi elaborada em conjunto pelo colegiado do curso e a organização da atividade foi liderada pelo professor João Bridi. Coube aos professores, a elaboração do plano de ação. "A atividade teve uma expressiva participação dos estudantes e o planejamento foi feito visando as possibilidades que cada um tinha de produzir os materiais jornalísticos, bem como a cidade em que se localizavam", destaca o professor Marlon Dias.

Nas redes sociais do curso, a partir das 07h45 foi possível acompanhar desde informações referente aos documentos necessários para a votação, possíveis mudanças nos locais de votação e o que era permitido e proibido na votação. No decorrer do dia, os estudantes acompanharam o movimento dos eleitores, os noticiários e apuraram o que estava acontecendo nos pontos de votação. "O maior desafio foi em certos momentos querer ajudar e não saber como, pois devido a pandemia minha turma não teve tantas vivências práticas no ambiente acadêmico. Acredito que a falta de outras experiências como essa pode ter afetado o desempenho no domingo", afirma Ana Elissa.  

De acordo com o professor Marlon Dias, o principal desafio foi coordenar os estudantes que estavam em diferentes municípios, sendo que alguns deles nunca haviam participado de coberturas jornalísticas de pleitos eleitorais. "Embora houvesse um plano de ação bem estruturado, a orientação precisou ser à distância. Como estávamos organizados em um QG na Unochapecó, o trabalho transcorreu bem, principalmente porque facilitou a discussão em grupo sobre as situações e as pautas que surgiam. Além disso, é sempre desafiador coordenar equipes diante da rotatividade de estudantes, já que cada um tinha tarefas e prazos específicos a cumprir", relata.

O acadêmico do 8° período, Rafael Chiamenti, comenta que nunca havia participado de uma cobertura eleitoral e que foi bom ter essa visão enquanto jornalista que participa da apuração dos fatos. "Recomendo que o pessoal participe deste tipo de evento. Entender o lado enquanto profissional, é necessário", afirma. Para a acadêmica do 6° período, Anna Elissa Roth, foi uma experiência muito importante, "além de agregar muito para o curso, conseguimos absorver bastante conhecimento prático que futuramente irá fazer a diferença no mercado de trabalho", afirma.

Para os acadêmicos, a experiência agregou muito, pois conseguiram agregar conhecimento prático à sua formação. Eles destacam que essas ações são fundamentais, porque os acadêmicos têm a oportunidade de experimentar atividades que são recorrentes no dia a dia da profissão. 

De acordo com o professor João Bridi, o envolvimento prévio dos professores e da Acin Jornalismo contribuiu muito com o sucesso do evento. "Vejo que foi uma experiência ímpar para os alunos, ter a noção da grandiosidade de uma cobertura eleitoral, aplicar os conhecimentos de fotografia, texto jornalístico, televisão e mídias digitais", afirma. João ainda ressalta que a atuação foi dividida em equipes, o que permitiu a integração entre os alunos e a responsabilidade de cada um para que o curso pudesse repassar as informações.

O professor Marlon Dias complementa que a diferença é que em virtude de se tratar de uma ação formativa, os acadêmicos podem fazer isso com a orientação dos professores e com espaço para que a atividade seja posteriormente discutida e avaliada. "Além disso, as coberturas de eleições exigem sempre uma preparação prévia e atenção do repórter para a imprevisibilidade dos acontecimentos. Essa tem sido a proposta das aulas integradas do curso: fazer com que os estudantes tenham cada vez mais contato com as múltiplas situações que um jornalista profissional se depara", conclui.

* ACIN Jornalismo