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Escavações na região do Alto Rio Uruguai devem iniciar em julho de 2014

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O Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina Ceom/Unochapecó) firmou parceria com o Ministère des Affaires Etrangères, da França, para o desenvolvimento do Projeto Primeiros Povoamentos do Alto Uruguai. A intenção é retomar, no próximo ano, as escavações arqueológicas iniciadas em 2007 na região do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó. Além de pesquisadores dessas instituições, o estudo reunirá arqueólogos de outras regiões brasileiras e francesas.

Há cinco anos a área de construção da Usina Foz do Chapecó começou a ser estudada por arqueólogos. Durante a pesquisa, foram encontrados vários sítios arqueológicos na região de impacto da hidrelétrica e, dentro deles, materiais de pedra lascada. Em análises de laboratório foi detectado que tais objetos foram os primeiros vestígios dessa indústria descobertos em território brasileiro, pois anteriormente eram conhecidos apenas na Europa, na Ásia e no Sul da Argentina.

Conforme o coordenador do projeto, Antoine Lourdeau, que esteve em visita ao Ceom/Unochapecó, a ideia de realizar novas campanhas de escavação surgiu da percepção do quanto importante é este material para a compreensão da pré-história, não somente da região mas também da América do Sul. “A partir dos novos estudos nesta área, que detém mais de 8 mil anos de existência, pretendemos tentar entender melhor o contexto desses objetos e a forma como foram produzidos”, completa.

De acordo com a responsável pelo Ceom e coordenadora do projeto, Mirian Carbonera, a parceria com os pesquisadores franceses contribui no sentido de entender o processo produtivo da indústria que estava instalada na região. Segundo Mirian, quanto mais pesquisas e aproximação da comunidade com a história do passado regional maior será a consciência de preservação e valorização, estimulando, entre outras coisas, o próprio turismo local. “A importância do projeto, principalmente para a população do Oeste Catarinense, é o incentivo para que elas reconheçam o material arqueológico como um bem patrimonial”, destaca.

A previsão é de que o desenvolvimento das pesquisas dure em torno de quatro anos. Este é o primeiro ano do projeto, que está em processo de preparação, em relação à busca do material que será utilizado, alojamento dos pesquisadores, questões de transportes e estrutura em geral. A partir de julho de 2014, iniciarão de fato as escavações e daí por diante, a cada ano serão realizados um mês ou mais de coleta e estudo do material.

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