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Evento debate Inclusão e Acessibilidade na Unochapecó

Educação

Texto Gabriel Kreutz*

 

Na última semana, foi realizada a II Roda de Conversa sobre Inclusão e Acessibilidade. O evento ocorreu em comemoração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, que é celebrado em 21 de setembro. Professores, estudantes com deficiência e pesquisadores da educação inclusiva se reuniram como uma forma de avaliar a trajetória da Unochapecó e acolher indicações para construir uma Universidade cada vez mais inclusiva e com acessibilidade.

O evento foi promovido pela Divisão de Acessibilidade, vinculada à Diretoria de Ensino, às Comissão de Inclusão e acompanhamento da pessoa com deficiência, comissão Atendimento Educacional Especializado e à Diretoria de Desenvolvimento Humano da Unochapecó. A Roda de Conversa também abrange Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), movimento do qual a Universidade é signatária.

Professores, estudantes e pesquisadores debateram o tema

A conversa foi mediada pela professora Tania Mara Zancanaro Pieczkowski, e contou com a participação de cinco integrantes: a mestra em Educação Deizi Domingues da Rocha; a pedagoga com complementação de estudos em Educação Especial e mestranda em Educação, Juliane Janaína Leite Brancher; o acadêmico com baixa visão do curso de Educação Física, Lucas Machado; o estudante com deficiência física, graduado em Educação Física, especialista em Educação Especial e mestrando em Educação, Jesse Budin; e a bacharel em Ciências Contábeis pela Unochapecó, que apresenta surdez, Dielen Talia Vizzotto.

De acordo com a professora Tania, a educação inclusiva é um movimento mundial que nas últimas quatro décadas ganhou muita expressividade. “O acesso de estudantes com deficiência ao ensino superior é recente e aumentou muito nos últimos anos. Informações do Ministério da Educação (MEC), divulgadas por meio de seu site, no dia 01 de outubro de 2012, indicam aumento de 933,6% na quantidade de matrículas de pessoas com deficiência na educação superior entre 2000 e 2010. Embora em menor percentual nos anos seguintes, a expansão é contínua’’.

A professora relata que debater essa temática possibilita a compreensão de que a acessibilidade é um dos desafios da inclusão. “Passando pela eliminação de barreiras arquitetônicas, mas também outras possivelmente mais complexas, a exemplo das barreiras atitudinais, representadas pela competitividade, pelo mérito individual, valores tão propagados na sociedade atual. Inclusão demanda solidariedade e reconhecimento da diferença. Deparar com a diferença provoca a ruptura com formas mecânicas de pensar, ser e fazer”, destaca.

Tania assinala que a lógica cristalizada do professor que ensina e do estudante que aprende, pode se romper a partir do encontro com o estudante com deficiência, e o docente pode assumir o papel de quem precisa aprender para poder ensinar e avaliar. “O debate possibilitou compreender que mesmo que as universidades não tenham todas as condições ideais no momento do ingresso desses estudantes, é inegável o movimento criado no sentido de melhorar as condições de permanência e aprendizagem”.

 

*Jornalista do Núcleo de Produção de Conteúdo (NPC) - Unochapecó

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