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Mestranda do PPGE participa da Art Circle realizada na Eslovênia

Geral

Relato

Em outubro de 2019 participei como artista representante da embaixada do Brasil em uma residência artística chamada Art Circle, realizada no sul da Europa, na Eslovênia.

O conceito de residência artística é uma das formas de apoio e incentivo às artes (as antigas bolsas de viagens). São projetos que têm como objetivo principal servir de residência temporária para artistas estrangeiros, para produção artística, estudo e troca de experiências.

O Art Circle acontece desde 2009 na região do vale dos vinhedos, em Goriška Brda, na Eslovênia, fronteira com o nordeste da Itália. É uma iniciativa dos artistas locais com a iniciativa privada, com apoio público, uma união de esforços para promover um evento que movimentou nesta edição 73 artistas de 14 países. O Brasil é o único país da América Latina e participou pela primeira vez esse ano. Representamos o país, junto com Juliana Hoffmann (Florianópolis), Dante Velloni (Ribeirão Preto), além de Fernando Boppré que participou como curador e escritor do projeto.

Nosso grupo ficou hospedado na Vinícola Šibav e a convivência com a família que a administra, foi uma das partes de maior aprendizado. Eles aderiram ao projeto, com a condição que pudessem receber artistas brasileiros. O afeto com que nos acolheram e cuidaram das nossas refeições, além de toda a assistência para trabalharmos, foi emocionante. A cada momento tínhamos pequenas surpresas, como a torta típica no café da tarde, peras cozidas quentes nos esperando após o trabalho, doces caseiros, ou strudel feito especialmente para nós.

Eslovênia faz fronteira com a Itália, e seu território é menor que o Estado de Santa Catarina. A região onde nos encontrávamos era muito próxima ao Mar Adriático, o que lhe confere um clima único para cultivo da uva rebula, resultando na produção de um vinho muito especial. A região também produz o famoso presunto de parma e é conhecida pela sua produção de mel de excelente qualidade, sobretudo da flor de acácias. Por toda parte vimos também, romãs, pêssegos, caquis, peras e oliveiras, aliás, o azeite produzido por lá é incrível.

Nos sete dias de residência, o cronograma de atividades organizava-se com manhãs e tardes para pintar telas e as garrafas de vinho feitas especialmente para o evento. Durante todas as noites, encontros dos artistas e vinícolas para confraternização, em locais diferentes da cidade ou da região.

A abertura da exposição final foi na Vila Vipolže uma construção renascentista no município de Brda. Estavam presentes autoridades locais, embaixadores e a belíssima apresentação de um grupo musical do Cazaquistão, além de comida típica de todos os países participantes.

Após o término da residência artística, que durou uma semana, o embaixador do Brasil na Eslovênia, Renato Mosca, e sua esposa, Luciana, nos receberam na residência oficial do Brasil na capital da Eslovênia, Ljubljana. Tivemos a oportunidade de conhecer o centro histórico da cidade, onde não circulam veículos motorizados. Também fomos ao Museu Nacional de Arte da Eslovênia, que possuía obras desde o Renascimento até o modernismo no início do século XX.

Da Eslovênia, aproveitando a proximidade com a Veneza, seguimos para a Itália, para mais uma semana de visitas a museus e à cidade histórica. Em especial, a Coleção da Peggy Guggenheim e a Bienal Internacional de Arte de Veneza, a mais antiga bienal do mundo. Alguns desses trabalhos, vistos durante as visitas, são referenciados na dissertação do Mestrado em Educação, da Unochapecó.

Agradecimento à artista Juliana Hoffman pela indicação da minha participação no projeto Art Circle, à vinícola Šibav que nos recebeu de braços abertos, aos organizadores do evento pela organização impecável e à minha orientadora, Cláudia Battestin, por todo o apoio e incentivo, minha referência de ética, de conduta profissional e amizade.

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