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Nova exposição da Galeria Agostinho Duarte aborda conceitos de tempo/sentimento

Cultura

Não há como fugir do tempo.Se não é o relógio, é o coração. Na última sexta-feira (20/10), a Galeria de Artes Agostinho Duarte estreou a nova exposição ‘Coração em Relógio’. A mostra transporta os visitantes para um conceito entre o tempo e o sentimento pelo olhar do artista Idílio, pseudônimo do artista e comunicador Christopher Marin, egresso do curso de Jornalismo. A obra ‘Coração em relógio’ reflete sobre a semelhança entre um órgão e um objeto, da mesma forma que não há diferença entre o hoje e o amanhã. 

Em sua estreia no mundo das exposições, o artista Idílio enfrenta o desafio de conectar sua arte em uma  única mostra. Cada uma das 10 obras criadas é a representação singular de diferentes fases de sua arte. A sensibilidade aparece tanto em contextos pessoais, quanto acadêmicos, incluindo seu Trabalho de Conclusão de Curso. O cerne da exposição é a mistura de estilos artísticos, em particular o abstrato e o surrealismo, que permeiam suas criações, seja por meio da escrita, edição fotográfica, ilustração ou a pixel art. 

Idílio explica que a exposição não é apenas um reflexo das mudanças em seu estilo, mas também uma janela para a passagem do tempo e das emoções que ele incorpora em cada obra. Através da mostra, Idílio compartilha seu crescimento artístico, destacando que, ‘Coração em relógio’, simboliza a relação entre um órgão e um objeto, ressaltando assim a impossibilidade da distinção artística entre o hoje e o amanhã, suas obras capturam a eternidade do momento artístico. 

Para Idílio, esta exposição representa sua primeira oportunidade de se conectar diretamente com o público por meio de sua expressão artística,  aspecto que mais o entusiasma. É um convite para apreciar não apenas suas obras, mas também a jornada do artista que as cria, um testemunho do amadurecimento ao longo do tempo. No âmago desta exposição encontra-se a reflexão profunda sobre a metamorfose, seja pela abordagem temática que permeia a construção desta mostra, seja na meticulosa análise de cada obra em sua singularidade. ‘Coração em relógio’ é o título que entrelaça as pulsantes batidas cardíacas com o ininterrupto tiquetaque do relógio, ambos delineando o tempo em suas distintas dimensões, seja na esfera física ou na esfera sentimental, de acordo com o artista.

Afinidade artística

Idílio relata que no jornalismo sempre manteve afinidade com atividades que permitem maior margem à criatividade.  A sua primeira incursão deu-se através da fotografia, e ao longo do tempo, percebeu a viabilidade de amalgamar sua expressão artística com a profissão jornalística. 

 “No jornalismo sempre tive mais familiaridade com atividades mais livres na área da criatividade, tanto que minha primeira experimentação foi a partir do estudo da fotografia. Com o tempo percebi que podia juntar minha expressão com a profissão e decidi apostar no meu TCC com ilustrações, vídeos, textos e áudios de forma mais livre e artística, e esse empurrão da área da comunicação e do jornalismo foi o que me incentivou a investir na arte”, comenta Idílio. 

A conexão intrínseca entre o tempo e a emoção é um fenômeno primordial, anterior às métricas e conceitos contemporâneos que definem a arte. Um olhar para esta galeria revela a multiplicidade de expressões individuais e coletivas que marcaram nosso período histórico, seja através de esculturas, vestuário, fotografias, ou até ilustrações criadas por inteligência artificial. Assim, independente da mídia e da mensagem, como sugere o título desta exposição, a arte possui a capacidade de gravar na história tanto o ritmo do tempo quanto os palpites do nosso coração.

 

* texto: Ana Ritta da Luz e Mara Welter, estagiárias de Jornalismo, sob supervisão da jornalista Leticia Sechini.

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