Texto Isadora Figueiró Zanluchi e Schaiane Cristina Bohn*

O primeiro período do curso de Jornalismo da Unochapecó realizou uma pesquisa sobre a área do Jornalismo no Oeste Catarinense, com supervisão e orientação do professor e coordenador do curso Francesco Flávio da Silva. O objetivo da pesquisa foi abordar o perfil dos jornalistas no mercado de trabalho, a fim de analisar suas condições de trabalho e padrões de comportamento. A pesquisa contou com 21 perguntas e teve no total 73 respondentes de 15 cidades do Oeste, sendo elas: Chapecó, Xavantina, São Carlos, Concórdia, Palmitos, Pinhalzinho, São Lourenço, Seara, Maravilha, Iporã do Oeste, Caxambu do Sul, São Miguel do Oeste, Xaxim e Quilombo. 

Para debater os resultados da pesquisa foi realizado um evento, no dia 07 de julho, também organizado pelos alunos, com a presença de três jornalistas do município de Chapecó: Andrielli Zambonin, repórter da NSC filial da TV Globo em Santa Catarina; Caroline Figueiredo, egressa do curso e atual repórter da NDTV, filiada da Record TV em Santa Catarina; e de Darlei Lottermann, também egresso do curso, jornalista e assessor de imprensa. Para o jornalista Darlei, o mais importante dessa pesquisa é analisar o perfil do jornalismo regional, suas características, perfil e sistema de trabalho. "Isso permite que possamos entender se estamos evoluindo e indo para um caminho de avanço ou retrocesso", declara.

Para a repórter Caroline Figueiredo, retornar para a Unochapecó foi um misto de sentimentos. "Eu não tinha voltado para Uno para participar de nenhuma atividade do curso desde que me formei, então foi bem gratificante. Foi uma alegria voltar para essa casa", relata. Ela também pontua que é muito importante ter essas conversas entre profissionais formados e alunos em formação, para que esse olhar de quem já está fora da universidade, e já está atuando, contribua para que os estudantes conheçam sobre a realidade dos profissionais.

A jornalista Andrielli Zambonin também reafirma que esse tipo de pesquisa é importante e fundamental, porque a missão do profissional é levar informação e credibilidade. "A pesquisa ajuda a analisar o cenário em que estamos inseridos e como podemos unir ainda mais a nossa classe, identificando situações que podem ser melhoradas", afirma. Ela também reforça a importância da troca de informações com os alunos. "Os acadêmicos darão continuidade ao trabalho que nós, profissionais, fazemos hoje. No futuro seremos colegas de trabalho. E esse contato desde cedo, só reforça uma parceria que naturalmente vai acontecer com o passar dos anos", frisa.

Para as alunas Nycoli Ludwig e Angélica Albuquerque fazer a pesquisa foi um desafio, mas ao mesmo tempo foi um trabalho único e inesquecível. "Foi uma experiência desafiadora, mas ao mesmo tempo mágica. Ver a pesquisa tomando forma e depois acompanhar os resultados é algo que me enche de orgulho", destaca Angélica. Elas também reforçam a importância de ter essa troca de conhecimentos com profissionais formados. "Acho mais que necessário. Quando temos essas experiências com pessoas cheias de conhecimento, que já atuam há tantos anos na profissão, é algo que nos motiva, dá um gás para continuarmos seguindo no ramo", declara Nycoli.

Já o professor e orientador da pesquisa, Francesco Flávio da Silva, salienta a importância de entender o cenário do jornalismo regional e o método de pesquisa. Comenta ainda que a prática prepara os alunos para o mercado de trabalho e os instiga a buscar melhorias na área da profissão. "O debate foi excelente. Os estudantes apresentaram os dados e também uma breve análise dos resultados. Foi possível identificar vários indícios e características do mercado regional do jornalismo muito interessantes", salienta.

*Estagiárias da Acin Jornalismo, sobsupervisão de Eliane Taffarel