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Evento iniciou nesta quarta-feira, 14 de maio, na Unochapecó, e segue até sexta-feira

Geral

O II Seminário Internacional Culturas e Desenvolvimento (Sicdes) começou na Unochapecó na manhã desta quarta-feira, 14 de maio. O evento tem como objetivo oportunizar espaços de diálogos, intercâmbios e reflexões voltadas à criação e sustentabilidade de propostas de educação intercultural que efetivamente acolham a diversidade de culturas e promovam outras formas de desenvolvimento nos contextos latino-americanos.

O cerimonial de abertura contou com a presença de autoridades locais, representantes e membros de movimentos sociais e de populações indígenas, professores, pesquisadores, acadêmicos da educação superior e outros interessados nas temáticas das políticas sociais e na compreensão das problemáticas e dinâmicas regionais e educacionais. Na abertura foram realizadas homenagenas a dom José Gomes, a Ana da Luz do Nascimento (Fennó) e ao professor Leonel Piovezana, além da exibição do documentário “Kiki – O Ritual da Resistência Kaingang”.

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Após a abertura, os professores José Marín, da Universidade de Genebra, na Suíça, e Miguel Gonzalez Arroyo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), abordaram a “Educação Intercultural e Territórios Contestados Latino-Americanos: contextos, dinâmicas e desafios”. O painel foi coordenado pela professora da Universidade Regional de Blumenau (FURB) Lilian Blanck de Oliveira.

Conforme Arroyo, quem insere a questão cultural em nossa sociedade são os movimentos sociais, responsáveis por trazer afirmações de sua cultura e identidade. O professor explica que não existe diálogo intercultural quando não há o reconhecimento das diferentes culturas, quando não se estuda e compreende cada uma delas em suas particularidades.

O indígena Jonatas Katir de Oliveira, faz parte da liderança da Terra Indígena Xapecó, localizada em Ipuaçu-SC, e participa do evento acompanhado de mais 100 índios de sua aldeia. O jovem é acadêmico do 10º período de Licenciatura Indígena na Unochapecó e professor na terra indígena em que reside. Para ele o seminário é um espaço para demonstrar para a região o valor de sua cultura. “É uma oportunidade para defendermos nosso povo e buscarmos direitos enquanto indígenas. Ainda somos muito desvalorizados, inclusive dentro das aldeias. As autoridades competentes às vezes, deixam a desejar no que diz respeito à assistência de nossas necessidades básicas como educação, saúde, lazer, então é um excelente momento para buscarmos a efetivação de nossos direitos”, comenta Katir. 

Programação

As atividades do seminário continuam nestas quinta e sexta-feiras, com palestras, oficinas, rodas de diálogos, exibições de documentários, lançamentos e apresentações culturais. O evento conta com a presença de 800 participantes, além de 74 palestrantes, desses 14 do exterior, envolvendo quase todos os países da America Latina. Foram inscritos 350 trabalhos, desses 290 foram selecionados e serão apresentados durante os três dias.

Também estão sendo realizados o II Congresso Sul-Brasileiro de Promoção dos Direitos Indígenas (Consudi) e o V Colóquio Catarinense de Ensino Religioso. A atividade conta com a organização da Unochapecó, Universidade Regional de Blumenau (Furb), Associação dos Professores de Ensino Religioso (Aspersc) e com o apoio de outras instituições regionais, nacionais e internacionais.

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