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Histórias

 

O gato Félix

A história do visconde certa vez, narizinho voltou para casa correndo, ansiosa para que o gato félix lhe contasse uma história sobre a vida dele. Mas o gato lhe disse que seria melhor contar histórias à noite e passou o dia inteiro passeando pelo sítio do picapau amarelo. Quando anoiteceu, dona benta reuniu todo mundo na sala para que o gato félix contasse sua interessante história. Até eu quis ouvi-lo, mas logo percebi que havia lorota demais naquilo tudo que ele dizia. Uma hora eu me irritei por ouvir tantas mentiras e discuti com ele: – isso é uma história absurda, é um disparate! E a metida da emília mandou que a narizinho me trancasse dentro de uma lata para eu eu não dissesse mais nada. Mas quanto mais o gato contava, mas disconfiados todo mundo ficava, até que resolveram dormir. Na manhã seguinte, tia nastácia apareceu dizendo que havia sumido um pinto do galinheiro. Eram 12 e só havia 11. A princípio todos achavam que era uma raposa que havia comido o tal pinto. Mas como eu sou uma pessoa que leio muito e adoro histórias de detetive, vieram falar comingo para que eu investigasse o caso. Fiu até o galinheiro, examinei a poeira, catei os pelinhos que havia no chão e falei com os pais da vítima, um galo carijó e uma galinha sura. Enquanto isso, emília pensou e inventou uma história que iria contar à noite. Todos nós nos reunimos na sala para ouvi-la e que, por sinal, até que ela contou uma história bem criativa. No outro dia, tia nastácia veio de novo dizer que havia desaparecido mais um pinto do galinheiro. Dona benta ficou toda aborrecidade; porque, desse jeito, iria sumir a ninhada inteira. Pedrinho eu eu estávamos conversando e ele me afirmava que era mesmo uma raposa a criminosa, mas eu lhe respondi que não era nada de raposa, pois os pelinhos que eu havia encontrado no chão do galinheiro eram de um animal muito diferente de raposa. Mas como eu ainda tinha minhas dúvidas, pedi para que pedrinho me fizesse um microscópio para que eu analizasse melhor. Foi quando descobri algo mais, que os pêlos eram de um bicho de quatro pernas e da família dos felinos. E comecei a desvendar o mistério. Eu estava indo até meu laboratório quando vi emília sentada na varando sozinha matutando e, de repente, ela me chamou para que eu ouvisse sobre a briga dela com o gato félix. No meio da conversa, ela me disse que havia arrancado um fio do bigode do gato… E eu pensei… E pensei… E pedi emprestado. Logo anoiteceu e era a minha vez de contar a minha história, mas antes de começar, pedi para tia nastácia segurar uma vassoura para que ela varresse algo quando eu chegasse ao final de minha história. – era uma vez uma gato metido que vivia contando lorota para todo mundo. Era um gato que não valia nada, porque se valesse alguma coisa, não seria uma gato ladrão. Como ele era muito safado, uma noite dormia na casa de um, outra noite, na casa de outro. Até que um belo dia ele veio para um sítio onde havia um galinheiro com muitos pintos e comeu um… E comeu outro… Mas mal eu acabei de contar a minha hitória e o gato félix me interrompeu. Ele disse que eu os estava acusando indiretamente. Ah, eu me irritei novamente e disse que era ele mesmo o bicho que estava comendo todos os pintos do galinheiro do sítio. Foi um rebuliço só! Todo mundou levantou alvoroçado. O gato félix pediu para que eu provasse: – então prove, visconde! Coloquei a mão dentro do meu bolso e tirei dois pêlos, um que eu havia encontrado no chão do galinheiro e o outro que a emília havia me emprestado e lhe mostrei as provas. Tia nastácia passou a mão na vassoura e saiu dando vassouradas naquele gato safado comedor de pintos, que pulou a janela e sumiu na escuridão da noite. Logo depois, todos me abraçaram e gritaram vivas para mim. Até a emília, que é toda envergonhada, me deu um beijo na testa. E a dona benta me colocou como o administrador do sítio do picapau amarelo. Lobato, josé bento monteiro. Reinações de narizinho.

São paulo: brasiliense, 1993. Adaptada por fábio daniel soave.

 Autor: José bento monteiro lobato

 

Os três porquinhos

Era uma vez, na época em que os animais falavam, três porquinhos que viviam felizes e despreocupados na casa da mãe. A mãe era ótima, cozinhava, passava e fazia tudo pelos filhos. Porém, dois dos filhos não a ajudavam em nada e o terceiro sofria em ver sua mãe trabalhando sem parar. Certo dia, a mãe chamou os porquinhos e disse: __queridos filhos, vocês já estão bem crescidos. Já é hora de terem mais responsabilidades para isso, é bom morarem sozinhos. A mãe então preparou um lanche reforçado para seus filhos e dividiu entre os três suas economias para que pudessem comprar material e construírem uma casa. Estava um bonito dia, ensolarado e brilhante. A mãe porca despediu-se dos seus filhos: __cuidem-se! Sejam sempre unidos! – desejou a mãe. Os três porquinhos, então, partiram pela floresta em busca de um bom lugar para construírem a casa. Porém, no caminho começaram a discordar com relação ao material que usariam para construir o novo lar. Cada porquinho queria usar um material diferente. O primeiro porquinho, um dos preguiçosos foi logo dizendo: __ não quero ter muito trabalho! Dá para construir uma boa casa com um monte de palha e ainda sobra dinheiro para comprar outras coisas. O porquinho mais sábio advertiu: __ uma casa de palha não é nada segura. O outro porquinho preguiçoso, o irmão do meio, também deu seu palpite: __ prefiro uma casa de madeira, é mais resistente e muito prática. Quero ter muito tempo para descansar e brincar. __ uma casa toda de madeira também não é segura – comentou o mais velho- como você vai se proteger do frio? E se um lobo aparecer, como vai se proteger? __ eu nunca vi um lobo por essas bandas e, se fizer frio, acendo uma fogueira para me aquecer! – respondeu o irmão do meio- e você, o que pretende fazer, vai brincar conosco depois da construção da casa?

Autor: Daniel /2005

 

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